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21/11/2021 às 11h47min - Atualizada em 21/11/2021 às 11h47min

Prefeitura começa a retirar jacarés de lagoa onde bebê foi atacado e teve braço arrancado

Por Jamyle Amoury e Vinícius Colini, g1 Goiás e TV Anhanguera via ARAGUAIA NOTÍCIA

A Prefeitura de Porangatu, no norte de Goiás, começou a retirar jacarés de uma lagoa em que um bebê foi atacado e teve o antebraço amputado em junho deste ano. Segundo o município, cerca de 150 animais vivem no local e a reprodução cresce de forma desordenada. Vídeo mostra as espécies na Lagoa Grande (veja acima).

A remoção foi anunciada no mesmo mês do ataque ao garoto, mas só começou a ser feita na última sexta-feira (19). Segundo a prefeitura, técnicos ambientais atuam junto com equipes do Corpo de Bombeiros para retirar os animais da lagoa.

O biólogo e especialista em jacarés, Thiago Resende, que acompanha os animais, explicou como eles são retirados da água e transportados para outros lagos da região, onde o espaço para reprodução é maior.

“A gente identifica onde ele [jacaré] está pelo brilho nos olhos, nos aproximamos devagar e tentamos passar o laço nele. Imobilizamos, tiramos algumas medidas, fazemos marcação e realizamos a soltura”, explicou o biólogo.

Ataque a bebê

Hudson Filho, de 1 ano e 8 meses, foi mordido por um jacaré da espécie jacaré-tinga, na Lagoa Grande, no dia 23 de junho deste ano. O menino, que teve o antebraço amputado, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e transportado de helicóptero ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).

O bebê ficou 15 dias hospitalizado, sendo que a maioria deles foi em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele recebeu alta no dia 8 de julho. O momento foi de muita emoção para a família

Algumas semanas após o ataque, a família do garoto comemorou pela vida da criança e contou detalhes do momento de desespero.

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"É inexplicável [ele ter sobrevivido], porque ele estava sangrando muito. […] Eu falei: 'Meu Deus, pode levar o bracinho dele, mas deixa ele'", contou a mãe, Valdelice Andrade.

Dois dias depois do ataque, a Polícia Militar informou que um policial matou o jacaré que atacou o bebê, após o tio da criança ir buscar os pertences do menino no local e o mesmo animal ter avançado nele. O caso é investigado pela Polícia Civil.

"Quando recolhia os objetos, o homem foi atacado pelo jacaré e, ao pedir socorro, foi atendido pela equipe do 3° Batalhão de Polícia Militar que realizava patrulhamento pelo local e realizou o abate do animal”, descreve o relato da ocorrência.

O biólogo Edson Abrão conta como é o modo de vida dos animais, e que eles não têm costume de atacar pessoas.

“Geralmente o jacaré-tinga é menor do que outros jacarés. A espécie pode chegar a cerca de dois metros de comprimento. Eles não têm o costume de atacar pessoas, deve ter atacado porque se alimenta de mamíferos de pequeno porte. Eles comem peixes ou aves. Se ele pegar, ele pode matar, mas não é comum”, explicou.

Após o ataque, a prefeitura começou a instalar telas de proteção e placas de sinalização para evitar a aproximação de pessoas no local onde houve o acidente. Ainda de acordo com o município, o processo de remoção de jacarés e capivaras faz parte do projeto de revitalização da Lagoa Grande e deve acontecer de forma contínua.

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