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14/10/2021 às 12h19min - Atualizada em 14/10/2021 às 12h19min

Vereador é assassinado com tiros de fuzil no Rio; desde 2018 já mataram 20 políticos no estado carioca

Somente neste ano foram três vereadores assassinados na cidade de Duque de Caxias

MSN Notícias via Araguaia Notícia 

Uma multidão acompanhou o cortejo e enterro do vereador da cidade  Alexsandro Silva Faria, o Sandro do Sindicato (Solidariedade), na manhã de quinta-feira. O parlamentar, de 42 anos, foi assassinado na quarta-feira por tiros de fuzil quando dirigia uma van no bairro Pilar. Centenas de pessoas caminharam acompanhando o corpo até o Cemitério Nossa Senhora do Pilar, onde será enterrado. O velório foi realizado desde as 6h na Igreja Ministério Apostólico Adonai, no bairro Pilar, congregação que ele frequentava.

Uma triste realidade do estado do Rio de Janeiro, de 2018 até agora, já assassinaram 20 políticos no estado carioca. E somente neste ano já foram três vereadores mortos na cidade de Duque de Caxias. 

Enterro

Um carro de som do sindicato da construção civil do qual o vereador era diretor-geral, acompanha o cortejo com músicas evangélicas. Com camisas personalizadas com a foto de Sandro e a frase “Quem aceita o mal sem prosperar coopera com ele”, as centenas de pessoas cantam em conjunto enquanto caminham.

O corpo chegou ao cemitério às 9h50, sob aplausos das pessoas que o acompanham.

A Guarda Municipal acompanha o cortejo orientando o trânsito.

Sonho de ser vereador

Alexsandro tinha 42 anos e estava no primeiro mandato, depois de tentar três vezes uma vaga na Câmara da cidade. Diretor do SITICOMMM-Caxias (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, Montagem Industrial, Mobiliário, Mármore e Granito e do Vime de Duque de Caxias), ele transportou a atuação junto à categoria para o nome de urna: Sandro do Sindicato.

A alcunha rendeu 3.247 votos nas eleições de 2020, o suficiente para que ele se elegesse pelo quociente eleitoral. Mais de dois terços da votação vieram da zona eleitoral de bairros como Vila Rosario, Parque Fluminense e Pilar, o mesmo onde ele acabou assassinado.

De acordo com o presidente da Câmara, Celso do Alba, Sandro vinha relatando, antes das sessões, "algum desconforto em relação à segurança". Parentes do parlamentar, contudo, afirmam que ele não compartilhou nenhum tipo de ameaça ou temor com a família.

— Ele sempre desejou ser vereador, e as pessoas no bairro achavam que ele não teria condições. Primeiro pela cor da pele, pela condição financeira. Ele realizou o sonho dele. Acredito que morreu feliz — conta Marcos Silva Faria, de 39 anos, irmão do vereador.

Sandro, que era evangélico, vinha cogitando deixar as atividades políticas e sindicais para dedicar-se à Igreja Ministério Apostólico Adonay. O legado nos dois campos ficaria para o filho, Alexsandro Júnior, de 26 anos:

— Uma semana atrás, ele me mandou mensagem perguntando: “Filho, você está preparado para ficar no meu lugar?” — lembra o primogênito do vereador.

O parlamentar era casado e deixou seis filhos. Na Câmara, ele foi substituído pelo suplente Alex Freitas (Solidariedade).

 

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