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28/09/2021 às 07h52min - Atualizada em 28/09/2021 às 07h52min

PGR investiga José Medeiros por fake news sobre urnas eletrônicas

O deputado foi acusado de tentar “confundir a opinião pública” em eleição realizada em Hospital Militar

Cíntia Borges / Midia News via Araguaia Notícia 

A Procuradoria-Geral da República iniciou uma investigação contra o deputado federal José Medeiros (Podemos) pela suspeita de divulgar fake news sobre as urnas eletrônicas usadas na eleição do Hospital Militar.

A investigação tem como relatora a ministra Carmen Lúcia, no Supremo Tribunal Federal (STF), e foi encaminhada à Polícia Federal em 22 de setembro. 

Ela é resultado de uma acusação feita pelo chefe do Ministério Público Estadual, o procurador-geral de Justiça José Antônio Borges, em agosto deste ano, contra o parlamentar.

Conforme o órgão se manifestou à época, Medeiros quis confundir a opinião pública ao usar a manifestação em um procedimento investigatório – feito por um promotor de Justiça - relacionado a uma eleição realizada em 2019 pela Associação Beneficente de Saúde dos Militares de Mato Grosso (Hospital Militar).

O Ministério Público diz que a intenção do deputado foi fazer crer que as urnas eletrônicas utilizadas pela Justiça Eleitoral brasileira não são seguras e confiáveis.

De acordo com os autos, que estão em segredo de justiça, foram feitas denúncias de que boletins de urna falsos teriam sido produzidos com o objetivo de fraudar o resultado da eleição da entidade.

“Não tendo sido levantada qualquer suspeita de problemas no regular funcionamento da urna eletrônica cedida pela Justiça Eleitoral e utilizada no referido pleito”, diz nota do MPE.

O chefe do MPE ainda apontou que Medeiros usa de “má-fé” para distorcer fatos que ocorreu à época.

“De má fé, o parlamentar mato-grossense falseia a realidade dos fatos, em mais um gesto da sua cruzada pelo retorno do voto impresso, sistema utilizado no passado com ocorrências frequentes de fraudes e manipulação de resultados, o que atentava contra a vontade soberana do eleitor brasileiro de escolher livremente seus representantes”, disse.

“E, mais grave ainda, utilizando criminosamente documento público do Ministério Público de Mato Grosso que trata de eleição de uma entidade associativa administradora de uma unidade hospitalar, deixando a entender que se tratava de uma eleição parlamentar ou para cargo executivo”, concluiu.

À época das acusações, bolsonaristas tentavam viabilizar o voto impresso nas eleições de 2022. A pauta foi arquivada após rejeição na Câmara dos Deputados.

O outro lado

Por meio de nota, o deputado José Medeiros afirmou que não foi comunicado sobre a abertura do inquérito e acusou o MPE de ser usado "por forças políticas".

Veja nota na íntegra:

O deputado federal José Medeiros ainda não foi notificado sobre ação e a abertura do inquérito. No entanto, o parlamentar reafirma seu posicionamento de que as instituições, como o Ministério Público do Estado de Mato Grosso, estão sendo usadas por forças políticas, que estão preocupadas apenas com o processo eleitoral de 2022.  

O deputado federal lamenta a manobra política de taxar a verdade dos fatos de fake news na tentativa de enganar a população. Infelizmente, estão fazendo isso contra o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados em todo o país.  

Apesar da visível perseguição e ataques que vem sofrendo desde que começou a denunciar as mazelas do governo Mauro Mendes, Medeiros garante que vai continuar defendendo os interesses da população mato-grossense e brasileira. 

 

Por fim, o  parlamentar reafirma sua confiança na Justiça e no processo democrático. 

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