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26/09/2021 às 10h24min - Atualizada em 26/09/2021 às 10h24min

Enfermeira chora para ter filha de volta; ex a acusa de maus-tratos VEJA VÍDEO

Allan Mesquita / Gazeta Digital
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A enfermeira Marina Pedroso Ardevino, 35 anos, utilizou as redes sociais para fazer um apelo para conseguir localizar a filha de 8 anos, que segundo ela, foi raptada pelo pai da criança, o advogado João Vítor Almeida Praeiro Alves e a avó paterna Lilian Almeida.Leia maisDe acordo com o boletim de ocorrência, João Vitor e Lilian Almeida estiveram em Cuiabá no mês de julho para passar cinco dias com a menina, durante seu recesso escolar. Contudo, ao invés de devolvê-la à mãe, a levaram para cidade de Bauru, em São Paulo.

A genitora ingressou com um pedido de busca e apreensão na 5ª Vara Especializada de Família e Sucessões da Comarca de Cuiabá e foi atendida pela juiz plantonista Luís Fernando Voto Kirche. "Assim sendo, determino a expedição de nova Carta Precatória para a Comarca de Bauru – São Paulo, solicitando ao Juízo Deprecado que determine o cumprimento imediato da medida Cautelar de Busca e Apreensão da menor, com reforço policial e acompanhamento do Conselho Tutelar, para que entregue a infante à genitora", decidiu o magistrado.

Na quinta-feira (23), o pai e a avó chegaram a ser presos na cidade paulista onde moram, mas foram liberados rapidamente. João Vitor foi encontrado em seu apartamento, em Bauru, enquanto que sua mãe foi detida na Rodovia SP 359/294, em Piratininga (SP).

Segundo consta nos documentos, a avó estava dirigindo e afirmou aos policiais que não ia cumprir a ordem judicial. Ela informou ainda que já havia entregue a menina para sua irmã, na fronteira do Estado com Santa Catarina, para que a menor pudesse ser levada para a cidade de Balneário Camboriú.

Quando os policiais pediram que Lilian entregasse o aparelho celular, ela teve uma reação agressiva e começou a desferir tapas, socos e chutes, além de xingamentos contra os oficiais. A polícia tenta localizar a mulher, irmã de Lilian. Está em andamento o prazo de 72 horas para que eles informem onde está a menor.

Apelo nas redes

Nas redes sociais, Mariana afirmou que está protegida por uma medida protetiva contra o ex-marido. Ela mantém guarda compartilhada com o advogado desde março de 2017, na qual ele pode conviver com a filha a cada dois finais de semana.
Bastante emocionada, a profissional da saúde diz que não dorme há vários dias e pede ajuda para poder localizar a filha. A postagem chegou a ser compartilhada pela deputada estadual Janaina Riva (MDB).

"Infelizmente eu ainda não consegui e não tive notícia da minha filha. Eu não durmo mais, eu peço pelo amor de Deus que vocês me ajudem a compartilhar e a trazer minha filha de volta. Vocês não imaginam a dor que eu estou sentindo, o desespero. Eu deixei meu filho caçula em Cuiabá e todo dia ele me pergunta da irmã", desabafa.

Mariana também afirma ter ingressado com uma ação revisional de guarda e convivência, além de uma ação declaratória de alienação parental e uma de proteção da menor por alteração injustificada da residência. A mãe também pediu a suspensão do direito de convivência.

Outro lado

No processo, o advogado se manifestou afirmando que busca defender a criança de supostas violências e supostos maus-tratos que ela estaria sofrendo 2016.

“Não estou sequestrando minha filha. Ao contrário, estou recorrendo à todas as instâncias para protegê-la. Ela se desespera ao cogitar a possibilidade de retornar para a casa da mãe. E isso é raro de acontecer, qual criança não quer voltar para os braços da mãe? Enquanto jurista, que por anos atuou na área de defesa da criança que sofreu violência, não posso fechar meus olhos para os sinais relatados e aflição da minha filha. Principalmente por considerar que são recorrentes, pois em 2016 a mãe e o padrasto foram réus por maus tratos contra a minha pequena”, disse.

O processo citado pelo advogado, onde a enfermeira Marina Pedroso Ardevino, 35 anos e o padrasto da criança responderam pelos crimes de violência familiar e maus tratos contra a menor, tramitou na 1ª Vara da Infância e da Juventude de Cuiabá em julho de 2016.

 Ele diz também alega que as acusações foram relatadas à família paterna por pessoas próximas e confirmadas pela menor. Desde então, o pai briga na justiça pela guarda total da criança.

“Os relatos começaram a ser cada vez mais corriqueiros. E o desespero dela em não querer voltar para casa da mãe também. Sou pai, tenho outra filha, não vou me omitir aos sinais evidentes que estou recebendo. Foi a omissão que culminaram nas mortes terríveis de Bernado Boltrini, Isabella Nardoni entre tantos outros tristes casos. Eu não vou me omitir nunca. Por isso repito, não sequestrei minha filha, apenas estou protegendo-a nos instrumentos legais. Recorri da primeira decisão de entrega e recebi decisão favorável e agora estou recorrendo da segunda decisão. A única coisa que peço é que minha filha seja ouvida. Qualquer profissional que ouvi-la, vai identificar a nítida alienação parental por parte da mãe e, sobretudo, a veracidade de que mais uma vez minha filha está sendo vítima de violência doméstica e maus tratos”, concluiu.

 

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