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17/09/2021 às 19h13min - Atualizada em 17/09/2021 às 19h13min

Policial penal é condenado a 24 anos pela morte de pecuarista Italiano em Barra do Garças

O crime aconteceu em 2016. O policial penal teria participado como mandante com a ex-esposa do pecuarista, que também foi condenada.

Araguaia Notícia
Foram dois dias de julgamento do Júri Popular na cidade de Barra do Garças-MT que condenou ao final o policial penal Célio Mariano a 24 anos, 6 meses e 12 dias de reclusão, no final da tarde de sexta-feira (17/9). A pena prevê também a perda do cargo de policial penal, porém ele pode recorrer. Célio é acusado de estar envolvido como mandante da morte do pecuarista italiano, Alessandro Carrega Dal Pozzo, 63 anos, que tinha propriedades rurais em Barra do Garças e foi assassinado com três tiros em agosto de 2016. 

O julgamento terminou no final da tarde com o jurado votando pela condenação do acusado. O júri foi presidido pelo juiz Douglas Bernardes Romão. A denúncia foi apresentada pela promotora Luciana Rocha Abrão David e Júri foi realizado pelo promotor Wellington Petrolini Molitor com assistência de acusação, do advogado Rafael Rabaioli.

A defesa do policial penal foi realizada pela advogada Crislaine Paula Costa Campos. De acordo com a denúncia, Célio Mariano teria participado como mandante do crime juntamente com Tatiane Lourenço, ex-mulher do italiano que estaria de olho nos bens do ex-marido e estava namorando com o policial penal.

O autor dos disparos, que ceifaram a vida do italiano, foi Wytalo Yan, que também já foi julgado e condenado a 14 anos de reclusão, em 2019, no mesmo que dia em que foi condenada, Tatiane Lourenço.

O julgamento de Célio começou na quinta-feira e terminou no final da tarde de sexta-feira (17/9) mantendo praticamente a denúncia inicial feita na investigação da Polícia Civil de Barra do Garças.

Ao final do júri, o advogado Rafael Rabaioli voltou a elogiar o trabalho que foi realizado pela Polícia Civil de Barra do Garças através do delegado Adriano Alencar e a equipe da 1ª DP, que conseguiram juntar provas robustas que auxiliaram no esclarecimento do crime.

“Nós acompanhamos esse caso desde a morte do italiano e estamos com sentimento do dever cumprido. A família, os irmãos da vítima (um que mora na Itália e outro no Uruguai) acompanharam o julgamento e estão com mesmo sentimento de justiça. Alessandro era um homem bom, trabalhador e que veio para o Brasil com intuito de produzir e constituir uma família. Tiraram a sua vida de forma cruel e premeditada, por isso entendo, que a Justiça prevaleceu”, destacou.  

O site Araguaia Notícia recebeu a informação de que a defesa de Célio Mariano vai recorrer da sentença.

Crime bárbaro

O corpo do italiano foi encontrado dias depois do crime cuja suspeita recaiu sobre Tatiane, ex-esposa do italiano e Wytalo Yan como executor.

O crime aconteceu na casa do italiano e corpo somente foi descoberto dias depois ocorrido por causa do mau cheiro em que vizinhos chamaram a polícia. As investigações para chegar à autoria do crime começaram no mesmo dia quando o corpo foi encontrado pela equipe plantonista da Polícia Civil que foi até a cena do crime e peritos e investigadores encontraram uma pegada de uma bota cujo número e marca bateram com uma bota encontrada na casa de Tatiane. 

As investigações da 1ª DP de Barra do Garças, na época com os delegados Adriano Alencar e Renato Resende, chegaram à conclusão que Tatiane estaria envolvida no crime juntamente com o namorado dela na época e hoje ex-namorado, o policial penal Célio Mariano. Célio pediu que o processo fosse desmembrado, mas mesmo assim também foi condenado.

Na época das investigações eles negaram o homicídio e foram postos em liberdade após a temporária de trinta dias. As investigações continuaram atendendo um pedido do consulado italiano no Brasil que inclusive disponibilizou um policial italiano para auxiliar na elucidação do homicídio e um pedido também do Ministério Público. A novidade foi então a prisão de Wytalo Yan apontado como autor dos disparos que ceifaram a vida do pecuarista. Vale destacar que o policial italiano elogiou o trabalho investigativo que estava sendo feito pela Polícia Civil de Barra do Garças. 
 
O motivo do crime, segundo inquérito, teria sido uma disputa pelo patrimônio do italiano avaliado em torno de R$ 10 milhões. Tatiane que estava separada do pecuarista estaria de olho nos bens do ex-marido. De acordo com a Polícia Civil, Tatiane que na época namorava com policial penal combinaram o crime e chamaram Wytalo para participar.

Wytalo, que já estava preso por outro motivo na cadeia de Barra do Garças, teria sido o indivíduo que entrou na casa do italiano e efetuou os disparos, porém ele contou com ajuda de alguém que conhecia o ambiente inclusive os cachorros da vítima. No entanto, ele nega o crime. Aliás, os três negam participação na morte do italiano.

Furto de Land Rover

Três dias depois de homicídio, um veículo Land Rover, pertencente à vítima, foi furtado. O fato levou as investigações a serem desenvolvidas em conjunto com a Delegacia de Roubos e Furtos de Barra do Garças, que num esforço integrado, tiveram informações do paradeiro do veículo e das pessoas que, possivelmente, teriam negociado o carro com terceiros, a priori, sem relação com o crime de homicídio.

"Ao serem intimados, informaram quem foi a pessoa que teria subtraído o veículo da casa em que residia o italiano Alessandro Carrega. Tais informações levantadas até o presente momento foram aptas a gerar suspeitas em dois possíveis autores. Diante das informações levadas ao Ministério Público e Poder Judiciário foram expedidos dois mandados de prisão temporária”, completou o delegado.

 

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