O servidor público da Prefeitura de Cuiabá, Rodolfo Silva da Costa, 29 anos, ficou quase cinco horas estirado na calçada após ser espancado no último dia 3 de setembro. Ele se envolveu em uma briga em uma tabacaria e acabou morto. Os investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ainda aguardam finalizar o período de oitivas, porém um vídeo de câmera de segurança que fica em frente ao local que o rapaz caiu poderá ajudar nos trabalhos policiais.
As imagens, veiculadas pela TV Cidade Verde já estão no inquérito policial. De acordo com o delegado titular da investigação, Anderson Veiga, a briga começa no interior da tabacaria e logo vai para a parte de fora. O que chama atenção do chefe de polícia é o tempo que levou para que alguém chamasse o atendimento médico até o local que Rodolfo ficou caído. A briga, conforme a câmera, foi por volta das 03h15 da madrugada do dia 31 de agosto. Às 08h03 o rapaz ainda permanecia caído e ele só foi removido do local pelo Samu após esse horário.
"O que chama atenção é o período que ele ficou caído e nem os amigos chamaram o atendimento médico. Não é culpa do Samu, é que ninguém chamou atendimento para ele. Ou seja, pessoas passaram por ali e não ligaram para ninguém. Nem polícia, nem nada", disse o delegado ao Olhar Direto.
Ainda segundo Veiga, o que pode ter acontecido é que as pessoas que passaram após o ocorrido e viram o rapaz deitado acharam que ele estava dormindo, pois ele não estava ensanguentado. "Talvez acharam que ele só estivesse dormindo. Ele não tinha sangue pelo corpo nem ferimentos no rosto. O motivo que levou o Rodolfo à morte foi um corte acima da orelha, na parte lateral da cabeça. Por isso ele só foi atendido pela manhã, após mais de 5 horas caído. Será que se alguém, ou os próprios amigos, tivessem ligado para o socorro, esse rapaz não estaria vivo?", questionou o delegado.
Descartado crime por homofobia
Rodolfo, que era homossexual, começou a briga do lado de dentro da tabacaria, que fica nas proximidades da Universidade de Cuiabá, na Avenida Beira Rio. Após o acontecido, o delegado disse que está descartada a morte por motivos de homofobia.
Rodolfo era servidor da Secretaria Municipal de Saúde. Após as agressões, ele foi atendido pelo Samu e levado ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde ficou na UTI até o dia 3 de outubro, quando morreu por traumatismo crânio encefálico.
O caso ainda continua sob investigação na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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