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10/08/2021 às 08h38min - Atualizada em 10/08/2021 às 08h38min

Tribunal de Justiça mantém prisão contra jovem acusado de torturar a ex-namorada

Olhar Direto
Araguaia Notícia
A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT) negou pedido de liberdade em habeas corpus do empresário Jhonathan Galbiatti Mira, acusado de torturar a ex-namorada. Decisão, de forma unânime, foi publicada nesta segunda-feira (9).
 
A defesa tentou argumentar que os fatos estampados no caderno processual se limitam às palavras da vítima e de sua genitora, não demonstrando a necessidade da medida extrema de privação da liberdade. Jhonathan levantou ainda a possibilidade da substituição da prisão preventiva por medida cautelar de internação em clínica para tratamento de dependência química.
 
O relator, desembargador Rondon Bassil, explicou que o pedido para substituição da prisão preventiva por medida cautelar de internação em clínica não foi posto a julgamento na instância inferior, não cabendo julgamento em segundo grau.
 
Bassil esclareceu ainda que a necessidade da prisão se encontra devidamente fundamentada, “pois a autoridade apontada como coatora ressaltou a gravidade concreta do crime e a periculosidade do paciente, que teria colocado em risco a ordem pública, ensejando a necessidade de se assegurar a integridade física e psicológica da vítima”.
 
“De fato, no caso em tela há risco à integridade física da vítima, que, na data dos fatos, teria sido submetida pelo paciente, por horas, à diversas agressões na cabeça, mão e olhos, tanto que nomeou o período em que ficou sob o domínio dele de ‘sessão de tortura’, dizendo, além de tudo, que estava sangrando na região da orelha e que chegou a ficar inconsciente”.
 
O caso

A vítima manteve relacionamento com Jhonathan por aproximadamente seis anos, mas estava separada. Há relatos de sérias alterações, agressões verbais e vias de fato durante o relacionamento.
 
Em um último encontro, no dia 19 de maio, o ex-namorado preparou um jantar em sua casa e serviu vinho. Em determinando momento, o agressor exigiu que a vítima lhe fornecesse a senha de seu aparelho celular.
 
A medida em que ia verificando as mensagens, Jhonathan Galbiatti agredia fisicamente a vítima com socos e tapas, ato que foi qualificado como sessão de tortura. Processo relata sangramento pelas orelhas e perda de consciência.
 
 Após retomar a consciência, a vítima conseguiu dirigir até a casa dos pais, local em que dormiu. Quando acordou, familiares perceberam os ferimentos na cabeça.

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