04/08/2021 às 18h13min - Atualizada em 04/08/2021 às 18h13min
Alimentar animais silvestres em parques estaduais pode gerar multa de até R$ 10 mil, diz Sema
Segundo a Sema, o risco é de que eles contraiam doenças transmissíveis por humanos, como o Herpes Simplex, que foi fatal para 16 saguis do Parque Mãe Bonifácia em novembro do ano passado
G1 MT
Araguaia Notícia
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) orienta a população que é proibido alimentar os animais silvestres dos parques estaduais, ou permitir o acesso a garrafas de água ou embalagens de comida. A norma é para garantir a segurança dos animais.
Segundo a Sema, o risco é de que eles contraiam doenças transmissíveis por humanos, como o Herpes Simplex, que foi fatal para 16 saguis do Parque Mãe Bonifácia em novembro do ano passado. A multa, conforme decreto federal, pode chegar até R$ 10 mil.
Conforme o gerente da Unidade de Conservação Parque Mãe Bonifácia, coronel da Polícia Militar Celso Benedito Pinheiro, os saguis estão habituados com a presença dos visitantes no Parque e, por isso, interagem com os humanos, objetos, e alimentos.
Ele afirma que a população precisa entender que o contato com esses alimentos pode causar a morte dos animais.
O Parque Mãe Bonifácia é uma das três unidades de conservação urbanas sob responsabilidade da Sema, localizadas em Cuiabá.
A unidade atende à população para a realização de trilhas e academia ao ar livre, com restrições por conta das medidas de prevenção à Covid-19, como o uso obrigatório de máscaras, distanciamento, e a proibição de entrada de alimentos
O parque possui cursos d'água que são utilizados pelos animais, 12 bebedouros na área de mata, exclusivos para os animais, distribuídos pela unidade com manutenção diária e tanque perene.
Na mata, os frutos e folhas são os alimentos ideais para a manutenção da saúde das espécies.
É importante ressaltar que os humanos podem transmitir a doença mesmo sem estar com sintomas. Nos macacos, o Herpes Simplex evolui para inflamação que pode afetar diversos órgãos, podendo causar lesão de pele, mucosas, pulmão, coração, fígado e no sistema nervoso central.
Além disso, tem potencial de transmissão entre os animais da mesma espécie após a contaminação de um único animal.
Conforme o decreto federal Nº 6.514, de 22 de julho de 2008, a multa vai de R$ 500 a R$ 10 mil para atividades ou condutas em desacordo com os objetivos da unidade de conservação, o seu plano de manejo e regulamentos específicos.
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