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24/06/2021 às 08h39min - Atualizada em 24/06/2021 às 08h39min

Após fuga de Lázaro Barbosa, caseiro diz que tem de pedalar quase 20 km por dia para não dormir em fazenda

Ele diz que faz o trajeto há quatro dias por receio de que o fugitivo apareça. Durante os 15 dias em que é procurado, Lázaro já invadiu propriedades, fez reféns e trocou tiros com policiais.

G1 GO
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Um morador da zona rural onde são feitas as buscas por Lázaro Barbosa está pedalando quase 20 km todos os dias para dormir longe de casa. Ele diz que faz o trajeto há quatro dias por receio de que o fugitivo apareça. Durante os 15 dias em que é procurado, o suspeito de matar uma família em Ceilândia, no DF, já invadiu diversas propriedades, fez pessoas reféns e trocou tiros com policiais e com um caseiro.

“Não pode um negócio desses, não. Eu tenho de largar meus bichos todos com fome, meus cachorros, meus porcos, galinhas e dormir em Girassol todo dia por causa de um pilantra desses”, desabafou o homem, que preferiu não se identificar.

O homem contou que trabalha em uma propriedade em Cocalzinho de Goiás, onde as buscas por Lázaro acontecem. Como é caseiro, ele dormia no local. No entanto, desde sábado (19), ele passou a ter de pedalar 8 km para se deslocar da fazenda até a casa de parentes, no distrito de Girassol, para dormir.

“Eu trabalho na chácara e estou tendo que ir dormir em Girassol. Todos os dias, pela manhã e à tarde, eu estou fazendo esse trajeto, dá 18 km por dia”, explicou.

O caseiro tem 45 anos e mora na cidade desde que nasceu. Ele disse que não conhece Lázaro e que está tentando tomar cuidado.

“A gente tem que se precaver, mas é uma situação que já passou dos limites”, desabafou.

Animais com fome

Um grupo de moradores da região se reuniu para alimentar os animais que vivem em chácaras e fazendas da região (veja vídeo acima). O motivo é que, desde que a caçada ao Lázaro começou, eles deixaram de ficar nos locais, por medo do criminoso.

A fazendeira Adenaide Mariana Oliveira, de 49 anos, disse que deixou sua chácara há seis dias. Segundo ela, os moradores de Cocalzinho estão se organizando em grupo de mensagens para se revezarem na alimentação dos animais.

“A gente tá vindo para olhar né. Porque alguns fazendeiros já até perderam porcos, cachorros. Porque a gente sai diante do terror que está acontecendo aí fica até sem poder alimentar ou dar água. Muitos morreram de fome”, contou.

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