14/06/2021 às 23h18min - Atualizada em 14/06/2021 às 23h18min
Vereadores rejeitam urgência de projeto para ajudar Garçastur, empresa alega dificuldades em manter serviço
Os parlamentares alegam que não tiveram acesso a planilha de custo da empresa; e o projeto deve retornar a pauta dia 21/6
Araguaia Notícia
O projeto que trata sobre ajuda financeira (subvenção) da prefeitura de Barra do Garças-MT a empresa de transporte de coletivos, Garçastur, teve o seu pedido de urgência derrubado durante a sessão da noite de segunda-feira (14/6).
O pedido de urgência sugere que a matéria seja apreciada de imediato, só que os vereadores votaram contra a urgência alegando que não tiveram acesso a planilha de custos da empresa. Até mesmo para verificarem as dificuldades mencionadas pela direção da Garçastur durante reunião, na semana passada, com representantes das prefeituras de Barra do Garças e Aragarças.
Diante da retirada de urgência, o projeto fica na casa legislativa, mas só deve retornar a pauta dia 21/6 e sua aprovação, claro, vai depender também do convencimento dos vereadores sobre a necessidade dessa ajuda financeira.
“Sim foi retirado o pedido de urgência por unanimidade e agora os vereadores querem ver a planilha de custo para analisarem e votar se ajuda deve ser dada ou não pela prefeitura”, explicou o presidente da Câmara Municipal, vereador Pedro Filho.
O executivo também encaminhou um projeto reajustaria a tarifa de ônibus de 3,90 para 4,00 com intuito desse aumento ser referendado no legislativo. Só que os vereadores disseram que o reajuste depende apenas do decreto municipal e optaram em não referendar essa matéria, que retorna a prefeitura para análise do executivo, mas sem uma definição se terá ou não o mencionado aumento.
A situação do transporte coletivo se arrasta já tem dois anos. A direção da Garçastur alega que os passageiros de Barra do Garças sumiram com a pandemia e o serviço se tornou deficitário. Para evitar a interrupção total, a empresa procurou as prefeituras e pediu uma subvenção por 3 meses.
Ficou previamente conversado que a prefeitura de Barra do Garças entraria com 20 mil, a prefeitura de Aragarças 5 mil e a Câmara Municipal com mais 5 mil totalizando 30 mil por mês durante 3 meses. Diante dessa promessa, a empresa, que chegou a suspender o ônibus que fazia a linha do Ouro Fino, Sena Marques e região do Fórum, retornou ao serviço.
Sobre o apoio financeiro da Câmara, especificamente, o presidente Pedro Filho ressaltou que o legislativo não pode fazer isso diretamente. “A Câmara não pode ajudar diretamente a empresa, mas votamos nessa noite, a devolução de 100 mil do duodécimo que economizamos no mês passado e o prefeito pode usar esse recurso para aplicar na saúde, obras ou até mesmo nessa demanda do transporte coletivo, mas através do executivo”, completou.
Com relação aumento da passagem de 3,90 para 4,00, os vereadores não quiseram referendar o decreto enviado pelo executivo e a matéria retorna para prefeitura sem votação. O vereador Zé Gota argumentou que em gestões passadas, o reajuste da tarifa do coletivo teria sido definida por decreto municipal e sem a necessidade do aval dos parlamentar. E com isso a matéria retorna a prefeitura sem uma definição se terá ou não o reajuste solicitado pela empresa de dez centavos no valor da tarifa.
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