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11/06/2021 às 18h00min - Atualizada em 11/06/2021 às 18h00min

Um dos mortos era refém e não bandido, diz família sobre caçada a assaltantes de Nova Bandeirantes

Jornal O Estadão Mato Grosso
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Familiares do empresário Luiz Meguél Melek, 40, proprietário da Casa das Motos em Alta Floresta, contestam sua morte. Ele foi um dos homens que morreram na tarde de quinta-feira (10/6), em ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em busca dos bandidos que assaltaram duas agências bancárias na cidade Nova Bandeirantes (997 km de Cuiabá) na sexta-feira (4/6). A família alega que Luiz era um dos reféns dos assaltantes e questiona a informação de que ele tenha corrido para a mata ao ver os policiais.

A redação do Estadão Mato Grosso conversou com o irmão e sócio de Luíz na empresa de motos, Edvaldo Melek. Ele revelou que o empresário trabalhava com fretes em uma região de garimpo próximo ao local onde ocorreu o confronto com os criminosos. Segundo Edvaldo, seu irmão pode ser sido feito de refém e executado junto com os criminosos durante a troca de tiros. 

"Nós da família não ficamos tão preocupados no começo, pois, quando ele vai para estes locais realizar serviço, é normal que ele fique de dois a três dias sem dar notícias. Neste local não há sinal de rede nem de internet. Eu fiquei desesperado quando começamos a ver as notícias sobre o confronto, o detalhe da caminhonete branca e logo após já vi fotos dele morto em grupos do WhatsApp. Uma tragédia para nossa família."

Emocionado, o irmão de Luiz contesta a operação policial. Ele afirma que o empresário não tinha passagens criminais e que sempre foi um homem muito trabalhador conhecido pelo seu esforço na região.

De acordo com o Edvaldo Melek os familiares ainda não tiveram acesso ao corpo de Luíz e foram tratados com descaso na Politec.

"Até provar que focinho de porco não é tomada. Mas eu confio no meu irmão, ele jamais se envolveria em um crime desse. Segundo os militares, ele foi executado porque fugiu para o meio do mato. Assim como eu duvido do seu envolvimento, duvido também que ele tenha corrido com os bandidos", afirmou Miguel emocionado.

Luíz que não tinha passagens criminais. Ele deixa uma filha de 2 e um filho de 10 anos.

À reportagem, um dos policiais que estava envolvido na operação rechaçou as alegações da família e disse que o empresário dava apoio aos assaltantes usando sua caminhonete.

OUTRO LADO

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) pedindo um posicionamento sobre o caso. Como resposta, a pasta afirmou que a demanda deveria ser repassada à Polícia Judiciária Civil.

Já a assessoria de imprensa da PJC afirmou em nota que não tem confirmação das identidades dos mortos, cujas mortes se deram há mais de 12 horas.

A Gerência de Combate ao Crime Organizado está com a investigação em andamento e ainda não tem confirmação das identidades dos mortos. Assim que as informações forem devidamente confirmadas, serão divulgadas.

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