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24/04/2021 às 12h57min - Atualizada em 24/04/2021 às 12h57min

Comerciante pioneiro de Barra do Garças morre aos 94 anos devido a derrame

Araguaia Notícia
A cidade de Barra do Garças perdeu na manhã de sábado (24/4) um dos comerciantes mais antigos de sua história. Faleceu aos 94 anos, Aristides Francisco Dourado. Ele estava em casa quando veio a óbito em decorrência de um derrame e complicações da saúde.

Aristides deixa uma história brilhante de superação e muita força de vontade. Ele foi um dos primeiros comerciantes do bairro Santo Antônio quando em 1970 abriu uma pequena mercearia na rua Castelo Branco perto do colégio Irmã Diva Pimentel. Sua história começou na cidade de Correntina-BA, onde nasceu no dia 26.12.1926. Ainda bastante jovem decidiu trocar a Bahia pelo Goiás em busca de prosperidade. Em 1964 já casado com Maria Sousa Dourado saiu de Baliza-GO para Barra do Garças-MT vindo a morar primeiramente no distrito de Voadeira onde trabalhou como agricultor.

Em 1972, ele passou a mercearia para rua 21 de abril perto do colégio Gaspar Dutra e ali terminou de criar os oito filhos. Aliás, o pioneiro e a esposa dona Maria tiveram dezesseis filhos e infelizmente oito faleceram ainda recém-nascidos, dois já adultos em acidentes e seis estão aí para guardar a memória do pai. Bastante conhecido no movimento comunitário da época, Aristides foi convidado a participar da fundação do MDB em 1975 em Barra do Garças. O nome dele consta na ata de criação do diretório municipal, só que nunca foi candidato a vereador, mas sempre gostou de falar sobre política.

Aristides veio da Bahia numa comitiva organizada pelo primo Albano de Almeida Couto, um dos primeiros a chegar na região em 1941, trazendo a família e amigos que sonhavam com uma vida melhor por aqui. Albano faleceu em 2012 com 94 anos na cidade de Guarantã do Norte-MT. Outro membro da família que era bastante conhecido principalmente no bairro Santo Antônio, João da Vaca, que foi candidato a vereador, também já é falecido. Nomes também conhecidos da família que não estão mais entre nós: dona Messias que viveu 102 anos; dona Ciriaca da rua 15 de Novembro que viveu 101 anos, Antônio Primo, Antônio Padeiro e dona Viana. Todos vieram da Bahia e constituíram aqui suas famílias. Um dos mais antigos que está por aí para contar essas histórias da comitiva é morador Sebastião Campos, pai do Josiel Campos.

Aristides como era muito apegado na família ficou muito triste com as mortes mais recentes de dois filhos e da esposa: Em 1995, faleceu Nilton; em 2000, a esposa, dona Maria; e em 2004, Antônio Dourado. 

O pioneiro deixa seis filhos: Rosa, José Divino, Sebastiana, Francisca, Raimundo e Valdivino. Aristides faleceu por volta das 5h20 minutos e está sendo velado na casa dele na rua 21 de Abril perto do colégio Gaspar Dutra e o enterro será às 17 horas no Nova Barra.

“Tenho as melhores recordações do tio Aristides. Na minha infância eu brincava na casa dele com Antônio e o Nilton jogando bola, dama e gostávamos de ler gibis do Zagor e Zorro. Senti muito a morte dele. Essa foto logo abaixo eu tirei em 2016 com ele. Na época ele estava lúcido e sorridente ainda perguntando sobre a política. Fica com Deus tio. Sua trajetória aqui na terra foi cumprida com dignidade e honradez e agora descanse ao lado Pai Todo Poderoso”, completou Ronaldo Couto neto de Albano, que trouxe a comitiva de Correntina em 1941.




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