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23/02/2021 às 10h51min - Atualizada em 23/02/2021 às 10h51min

Recuperação de fisioterapeuta de MT, que caiu de prédio por causa de sonambulismo, pode demorar 1 ano

Ela sofreu o acidente quando estava de férias com familiares no Rio de Janeiro

G1 MT
ARAGUAIA NOTÍCIA


A recuperação da fisioterapeuta Talyssa Oliveira Taques, de 27 anos, que caiu do 3° andar de um hotel em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, pode levar mais de um ano, disse ao G1 a mãe dela, Angélica Oliveira. As duas moram em Cuiabá, no Mato Grosso, e junto com outros familiares estavam de férias no Rio de Janeiro quando ocorreu o acidente com Talyssa, no início de fevereiro.

A queda da fisioterapeuta ocorreu durante uma crise de sonambulismo, ainda de acordo com a família. Ela caiu da janela do quarto no porão do estabelecimento e acabou fraturando uma das vértebras da coluna.

A fisioterapeuta passou por duas cirurgias e segue internada na UTI do Hospital Israelita Albert Sabin, em Copacabana. Segundo Angélica, o quadro de saúde da filha é estável, mas sem previsão para deixar a unidade de terapia intensiva (UTI). A família espera arrecadar R$ 89 mil para bancar a transferência de Talyssa.

"Ela vai se recuperar, ela vai voltar a andar, mas com o tempo. Não vai ser agora. O médico falou que daqui a um ano e que vai depender dela", disse Angélica.

De acordo com os médicos que estão acompanhando o caso, a recuperação de Talyssa pode ser mais rápida se ela estiver perto da família, já que só a mãe continua na cidade. "Ela ta recuperando cada dia um pouquinho. Mas ta bem lento, não é a recuperação que nós esperávamos. Foram cirurgias extensas, com 8 horas e bastante delicadas. Ela não tem previsão de alta ainda, mas o médico autorizou a remoção via aérea UTI", explicou Angélica.

Apesar de Talyssa ter plano de saúde, o convênio não cobriu todo o atendimento. A despesa no hospital carioca já está acima de R$ 20 mil. “Os honorários médicos e parte da cirurgia não teve cobertura. O plano trabalha através de reembolso. Temos que fazer esse acerto para que ela seja transferida para Cuiabá. Precisamos fazer a transferência de UTI aérea. Não tem condições de ir de avião normal, porque ela não está andando. Ela sangrou muito na cirurgia. Agora está com algumas complicações no pulmão”, explicou.

Para conseguir a transferência para Cuiabá, a família precisa de R$ 89 mil. Para isso, foi criada uma vaquinha online que está sendo compartilhada nas redes sociais por amigos e familiares. "O que a gente precisa agora é só a remoção. Ela tá muito bem assistida aqui no hospital, mas os custos são muito altos. Ela ta com o psicológico muito abalado e precisa do apoio da família. Ela fica triste porque eu to sozinha aqui no Rio. Eu parei meu trabalho também. O que a gente precisa agora é só voltar para casa", comentou Angélica.

Talyssa é fisioterapeuta no antigo pronto-socorro de Cuiabá e no Hospital São Mateus, ambos referência para o atendimento de casos da Covid-19. Segundo a mãe dela, assim que eles conseguirem o dinheiro para a transferência, Talyssa vai ser recebida no Hospital São Mateus, onde ela é coordenadora do Centro de Terapia Intensiva (CTI).

"Eu tenho que ser otimista e acreditar que vamos conseguir sim (a transferência). Se não conseguirmos, a recuperação dela vai ser muito mais demorada. O psicológico é muito importante. Eu também to bastante abalada, sozinha e cansada aqui. Está cada dia mais difícil. A gente precisa mesmo ir embora", disse Angélica.

Até às 17h desta segunda-feira (22), a família já tinha conseguido arrecadar cerca de R$ 15. A queda de Talyssa da janela do 3° andar de um hotel ocorreu por conta de uma crise de sonambulismo.

Antes de chegar ao Rio de Janeiro, Talyssa vinha de vários plantões seguidos de trabalho nos hospitais onde atua em Cuiabá, como contou sua mãe. O objetivo da viagem era aproveitar a folga em um fim de semana com os pais e irmãos.

No entanto, na primeira noite no Rio de Janeiro, a profissional teve uma crise de sonambulismo. Segundo relatou Angélica, o neurologista que está acompanhando disse que a crise aconteceu devido ao cansaço do trabalho.

Angélica explicou que a filha não tinha esse tipo de problema desde os 12 anos. "Quando criança ela já teve sim crise de sonambulismo. Ela já teve até convulsão quando bebê. Mas nós tratamos, ela fez vários exames, entrou com medicamento e depois dos 12 anos, começou a ficar tudo tranquilo. Vida normal. Nunca mais teve nada", explicou.

Ao G1, Angélica relatou que a família saiu para jantar em um restaurante da cidade. Após a refeição, Talyssa pegou um Uber para encontrar uma amiga de profissão, que também estava a passeio na cidade. “Elas chegaram no hotel de madrugada. Por volta das 3 horas, a amiga dela dormiu e não viu o que aconteceu. Quando ela acordou, a Talyssa não estava mais no quarto, mas as coisas dela estavam lá. A menina ficou preocupada quando acordou, mas imaginou que ela foi dormir no meu quarto”, contou.

Uma hora depois, por volta das 4h30, após ouvir gritos de socorro, um dos seguranças do hotel a encontrou na entrada do porão caída e a socorreu. Segundo a mãe, após a queda, ela ficou desacordada por um tempo e, quando acordou, não conseguiu andar para sair do local e pediu socorro.



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