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19/02/2021 às 16h18min - Atualizada em 19/02/2021 às 16h18min

PC revela que empresária foi morta por dívida de R$ 1,2 mil em MT

Emily Magalhães e Welington Sabino
ARAGUAIA NOTÍCIA


Em coletiva na manhã de sexta-feira (19/2), a Polícia Civil repassou detalhes sobre o brutal assassinato da empresária Rosemeire Soares Perin, de 52 anos, morta a golpes de faca dentro da quitinete do assassino, identificado como Jeferson Rodrigues da Silva, 33 anos, ex-presidiário monitorado por tornozeleira eletrônica. Os delegados envolvidos na investigação disseram que a vítima e o suspeito já tinham uma relação comercial antiga, sendo que ele tinha em aberto uma dívida de R$ 1,2 mil com a empresária. E por este motivo a matou com requintes de crueldade.

Pelo crime também foi preso Pedro Paulo de Arruda, de 29 anos, acusado de ter ajudado Jeferson a transportar o cadáver do local do homicídio até o ponto em que foi "desovado", numa região e matagal na Passagem da Conceição, em Várzea Grande.

Conforme os delegados, o criminoso estava trabalhando com a venda de espetinhos e comprava produtos como copos e pratos descartáveis de Rosemeire. Ele também havia comprado uma máquina de sorvete da mulher ao custo de R$ 7 mil e depois ficou devendo R$ 800 pela manutenção do equipamento, pois a empresária também oferecia o serviço  de manutenção. No dia do crime, ela cobrou o suspeito e disse que se não recebesse iria pegar a máquina de volta.

Jeferson, depois de preso em flagrante na tarde desta quinta-feira (18) trafegando com o carro de Rosemeire, confessou que havia matado ela dentro de sua quitinete e revelou o local onde havia “descartado o corpo”, num matagal na Passagem da Conceição. A mulher estava desaparecida desde a manhã da última terça-feira (16) quando saiu de Cuiabá para trabalhar em Várzea Grande.

O delegado Marcel de Oliveira foi o plantonista que atendeu o caso enquanto o delegado Caio Albuquerque vai conduzir as investigações. Ambos participaram da coletiva junto com Fausto José de Freitas, delegado titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e responsável pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas (NPD). Todos eles e confirmaram detalhes do crime confessado por Jeferson Rodrigues.  

Segundo Marcel Oliveira, o assassino disse que matou a empresária no quarto da quitinete e depois arrastou o corpo pela casa até o banheiro.  Ele, primeiro deu uma gravata na mulher (golpe no pescoço que imobiliza a vítima). Ela caiu, ficou desfalecida e foi amarrada com fitas adesivas. Depois, quando a mulher começou a recuperar a consciência foi atacada com golpes de faca. Jeferson alegou ter ficado com medo que ela o denunciasse e ele voltasse ao presídio. Ele já foi preso anteriormente pelos crimes de estupro e roubo. "Aí ele pegou uma faca de cerca de 30 centímetros e atacou a vítima", disse o delegado.

Conforme os delegados, Jeferson Rodrigues é o responsável direto pelo homicídio de Rosemeire. Ele buscou ajuda com parente e disse que tinha feito besteira. O familiar disse que "estava cansado das merdas dele e não ajudou. O corpo da vítima ficou na casa onde ele matou a empresária. Foi então que Pedro Paulo de Arruda decidiu ajudá-lo, por volta das 22h. Cobriram o corpo com colchão, edredon e levaram para a região da passagem da Conceição.
"Dentro da residência dá para ver a real dinâmica do que aconteceu. Nunca vi uma residência em que as provas fossem irrefutáveis", comentou o delegado, que descartou a hipótese de que a vítima pudesse ter sido vítima de abuso sexual.

INDICIAMENTO

Conforme os delegados,  Jeferson Rodrigues da Silva será indiciado por homicídio qualificado (3 ou 4 qualficadoras), ocultação de cadáver e furto qualificado por ter se apossado do carro da vítima e utilizando-o como se fosse o verdadeiro dono. Já o comparsa Pedro Paulo de Arruda,  apesar de negar ter ajudado o assassino, será indiciado por ocultação de cadáver, resistência e tráfico de drogas, pois em sua residência foi encontrado um tablete de maconha.

A Polícia acredita que Pedro decidiu ajudar Jeferson por ter interesse no carro da vítima. Ele é sócio num lava jato situado em Várzea Grande. As investigações continuam na DHPP.
 
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