14/12/2020 às 19h44min - Atualizada em 14/12/2020 às 19h44min

Casal com bebê vive em cômodo improvisado com tábuas em invasão e não tem o que comer

Maria Joana Vieira pede ajuda para conseguir emprego e alimentos. Segundo ela, família tem sobrevivido de doações e de restos de comida que encontra no lixo.

G1 GO
Araguaia Notícia
Um casal que vive com o filho de 1 ano e 3 meses em um cômodo improvisado com tábuas e lona em uma invasão em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, pede ajuda para conseguir doações de alimentos e oportunidades de trabalho.

A dona de casa Maria Joana Vieira, de 19 anos, conta que ela e o marido estão desempregados e têm sobrevivido de doações e de restos de comida que encontram no lixo.

"Para uma mãe, dói muito ver o filho chorar com fome”, relata.

Maria conta que está morando há seis meses no cômodo improvisado, que fica nas proximidades da BR-153, no setor Vale do Sol. Segundo a jovem, ela teve que sair da casa onde morava, pois o padrasto dela não aceitou a chegada do bebê. Por causa da estrutura precária, a jovem teme que a casa desabe com a força da chuva.

“Quando chove forte e com vento, a gente fica com medo de tudo desabar. Às vezes molha tudo e a gente fica tentando tampar com plásticos. Morro de medo de algo acontecer”, conta.

Na casa improvisada falta quase tudo. O cômodo só tem uma cama, um fogão que não funciona e algumas peças de roupas, fruto de doações de vizinhos.

Família vive em cômodo improvisador com pedaços de madeira e lona, em Aparecida de Goiânia — Foto: Arquivo pessoal/Maria Joana Vieira

Família vive em cômodo improvisador com pedaços de madeira e lona, em Aparecida de Goiânia — Foto: Arquivo pessoal/Maria Joana Vieira



Busca por emprego

Desempregados, Maria e o companheiro Marcos Vinicius Leite, de 23 anos, buscam por oportunidades de emprego. Ambos têm experiência em serviços gerais e Marcos também já trabalhou como servente de pedreiro. No entanto, a dona de casa relata que eles têm dificuldade para conseguir vagas.

“Tem um tempo que a gente tenta, mas é difícil porque não temos escolaridade. Eu parei no sexto ano e ele no oitavo [ensino fundamental], mas a gente trabalha com qualquer coisa que aparecer, estamos precisando muito”, afirma Maria.

Desejo de Natal

Com a chegada do fim do ano, Maria se entristece por não saber o que é uma ceia de Natal. Ela conta que, mesmo quando morava com a mãe e o padrasto, nunca teve uma mesa farta. O sonho dela é poder celebrar a data ao lado do esposo e do filho com algumas frutas e carne.

Sempre sonhei em fazer um Natal com minha família, bem simples mesmo, um franguinho, frutas. Um Natal feliz, só a gente, é o meu maior sonho”, afirma.

 

Araguaia Notícia  Publicidade 790x90


Entre no grupo do Araguaia Notícia no WhatsApp e receba notícias em tempo real  CLIQUE AQUI
Notícias Relacionadas »
Comentários »