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09/12/2020 às 20h32min - Atualizada em 09/12/2020 às 20h32min

Serial killer de Goiás é transferido de presídio e causa preocupação em policiais penais

Tiago Henrique da Rocha já foi condenado a mais de 600 anos de prisão. Sindicato teme possível fuga do preso ou morte por outros detentos do novo presídio, em Nova Crixás. Diretoria-Geral de Administração Penitenciária alega que segurança foi reforçada no local.

G1 GO
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Apontado como serial killer de Goiás e condenado a mais de 600 anos de prisão, Tiago Henrique Gomes da Rocha foi transferido de um presídio na Grande Goiânia para a cadeia de Nova Crixás, região norte do estado. A medida causou preocupação nos policiais penais da unidade prisional, segundo informou o presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Goiás, Maxsuel Miranda, nesta quarta-feira (9).

A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou, em nota, que o preso está em cela individual e isolado dos demais detentos. O órgão completou que a segurança no local e na cela onde está o serial killer foi reforçada por policiais penais (leia a íntegra ao final).

Em contato com a equipe da unidade prisional de Nova Crixás, Miranda disse ao G1 que a principal preocupação é de uma fuga, mas que também há temor de ele ser morto por outros detentos do local.

"A preocupação principal é com a fuga. E ele também pode ser morto pelos outros presos, porque o local não tem o mesmo nível de segurança do Núcleo de Custódia, que é segurança máxima. Ele não pode ser transferido para uma cadeia pequena", ponderou Miranda.

Transferência

Tiago Rocha foi transferido do Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, um local de segurança máxima, para Nova Crixás, no sábado (5), durante a operação Kaisen. Além do serial killer, mais de 1,1 mil presos foram recambiados para outras unidades prisionais do estado.

Segundo a DGAP, essa transferência não causou superlotação em nenhum presídio do estado e foi planejada há mais de um ano para que seja feita uma reforma no Núcleo de Custódia.

“A unidade tem mais de 60 anos, um custo de manutenção muito alto, tem problemas sanitários, elétricos e hidráulicos e uma arquitetura que não se adequa mais aos tempos de hoje. Sempre foi um problema no estado e agora temos condições de reorganizar”, explicou o titular da DGAP, o coronel da Polícia Militar Agnaldo Augusto.


Serial Killer estava preso desde 2014 no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Serial Killer estava preso desde 2014 no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera



Série de homicídios

O detento, que trabalhava como vigilante, está preso desde 14 de outubro de 2014. Tiago Henrique ficou conhecido como o serial killer de Goiás por ser apontado como responsável por mais de 30 assassinatos, sendo a maioria contra mulheres.

Até esta quarta-feira, segundo levantamento do Tribunal de Justiça de Goiás, Tiago Henrique Rocha enfrentou 40 julgamentos por homicídios e foi absolvido em três processos. As penas somam mais de 600 anos de prisão.

O vigilante também já foi condenado pela Justiça a 12 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por ter assaltado duas vezes a mesma agência lotérica do Setor Central, na capital goiana.

Nota da DGAP

A 1ª Coordenação Regional Prisional informa que as transferências foram realizadas de forma estratégica mantendo a ordem e a disciplina dos ambientes prisionais, sem qualquer intercorrência. As movimentações de presos em Goias são realizadas com base na lei 19.962/2018 em seu artigo 1º inciso III , a qual dispõe sobre autonomia da instituição para realizar transferências de custodiados para presídios de sua responsabilidade. “autonomia e independência do órgão estadual de administração penitenciária para gestão de vagas, implantação e movimentação dos encarcerados.”

-A 2ª Coordenação Regional Prisional da instituição salienta que o detento mencionado por este veículo de comunicação está isolado dos demais presos, em cela de segurança reforçada e individual. A Coordenação ressalta ainda que a segurança no local também foi reforçada.

- Toda a operação Kaisen foi realizada por ação conjunta das forças de segurança pública (PC, PM, Polícia Científica, Polícia Penal, Bombeiros e PRF) sem qualquer intercorrência, tendo sido planejada já mais de ano, com informações precisas das inteligências policiais e coordenada pela SSP e DGAP.

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