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19/11/2020 às 19h18min - Atualizada em 19/11/2020 às 19h18min

Mãe de bebê que tem tumor no pescoço maior que a cabeça pede ajuda para comprar remédio para a filha

Aylla Vitória está internada desde que nasceu na UTI de um hospital, em Goiânia. Família, que mora em Uruaçu, faz campanha nas redes sociais para conseguir comprar ampolas que custam, em média, R$ 450 cada.

G1 GO
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A família de Aylla Vitória Santos da Silva, de 2 meses, faz uma campanha nas redes sociais na tentativa de arrecadar dinheiro para comprar o medicamento que a bebê precisa utilizar. Segundo os médicos, a menina tem linfangioma cístico, um tumor na região do pescoço que já está maior que a cabeça dela e que, se continuar desenvolvendo, pode matá-la por comprometer a respiração.

"As primeiras duas ampolas que foram usadas nela nós conseguimos porque os próprios funcionários do hospital fizeram uma vaquinha e compraram. Agora, eu estou tentando arrecadar o restante com amigos e familiares, mas ainda não é o suficiente", disse a mãe da bebê, Elaine Ricardo da Silva, de 22 anos.

A família é de Uruaçu, na região norte de Goiás, porém, por se tratar de uma gestação de alto risco, Elaine precisou dar à luz em Goiânia, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG). Desde o nascimento, Aylla está internada em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do local e precisa da aplicação das ampolas, conforme orientação médica, a cada 15 dias. Cada dose custa, em média, R$ 450 cada.

"Os médicos explicaram que no caso dela não é indicado o procedimento cirúrgico porque o local está muito vascularizado. Então, o tratamento que pode ser feito é a drenagem do líquido que fica no pescoço dela, com o uso dessas ampolas", afirmou.


Em nota enviada ao G1, o HC-UFG confirmou que a menina, de 2 meses e 24 dias, possui linfangioma cístico e segue internada até esta quinta-feira (19) na UTI Neonatal. O hospital afirmou ainda que ela respira por meio de ventilação mecânica, está sedada, se alimenta via sonda nasogástrica e faz uso de antibióticos. A unidade completou que está programado um novo procedimento terapêutico para esta tarde.

Elaine conta que comprou a ampola necessária para a terapia desta quinta-feira com a ajuda de amigos. Ela explica que a renda da família é de cerca de dois salários mínimos, o que equivale a pouco mais de R$ 2 mil, vindos do trabalho dela como açougueira e do trabalho que o marido faz como borracheiro. Como o casal tem outro filho de 3 anos, o dinheiro não é suficiente para pagar as contas da casa e ainda comprar o medicamento para Aylla.

Outro tratamento

Elaine explica que as ampolas fazem parte de um tratamento alternativo, usado para impedir que a massa cresça e comprometa outros órgãos, além da respiração da criança.

O tratamento mais eficiente, segundo a família, é a terapia usando o medicamento OK-432, que tem como resultado a regressão do tumor. No entanto, conforme informou a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), esse medicamento "não faz parte de nenhum dos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas do Ministério da Saúde (MS), portanto não é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS)".

De acordo com a família, nesta semana, foi aberto um processo no Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para que o caso de Aylla seja analisado, para, posteriormente, buscar o melhor caminho para conseguir esse medicamento.

"Os médicos já haviam informado para a gente que esse remédio não tem no Brasil e precisa ser trazido dos Estados Unidos. Como não temos condições de comprar ele e não é autorizado pelo SUS, nos restou procurar ajuda no Ministério Público. Essa semana eu já fui lá levar alguns documentos, e a promotoria disse que está analisando o caso dela como prioridade para poder nos direcionar para o melhor caminho", explicou Elaine.


O G1 entrou em contato com o MP-GO, por mensagem de texto, às 11h30 desta quinta-feira (19), e aguarda retorno para saber como está o andamento do processo.

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