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22/10/2020 às 14h32min - Atualizada em 22/10/2020 às 14h32min

Mãe de jovem morto com agulha de narguilé não acredita que namorada do filho o feriu ao se defender: 'Nunca tocou nela’

Suspeita disse à polícia que deu o golpe em Adailton Gomes porque ele tentou agredi-la com um narguilé quebrado durante uma discussão por pastel de feira, em Aparecida de Goiânia. Porém, a família afirma que o item está intacto.

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A família do auxiliar de mecânico Adailton Gomes de Abreu, de 25 anos, que morreu após ser ferido com uma agulha de narguilé, disse que não acredita na versão dada pela namorada dele, Nicole Maria, de 19, em Aparecida de Goiânia. Ela disse à polícia que o rapaz tentou agredi-la com um narguilé quebrado e, ao se defender, o matou. Porém, segundo a mãe da vítima, a auxiliar de limpeza Maria das Graças Gomes de Abreu, o objeto não está danificado.

“Ela disse que eles entraram em luta corporal e quebraram o narguilé, mas é tudo mentira. O policial entrou comigo e não tinha nem pedaço de vidro no chão. Não tinha nada quebrado. Peguei o narguilé, porque meu filho que fez, e ele está intacto, não tem nada quebrado”.

“Até hoje eu não acredito no que aconteceu, não consigo nem ver as fotos do meu filho. Por que ela fez tanta maldade com meu filho? Meu filho gostava tanto dela, nunca tocou a mão nela. Toda vez que ela o colocava para fora de casa, eu ia buscá-lo. Toda vez ela o humilhava”, complementa a mãe.

Desde a tarde de quarta-feira (21), às 19h30, o G1 tenta contato com Nicole, mas não obteve um posicionamento até a última atualização deste texto.

A reportagem também tentou contato com a Polícia Civil para questionar a informação dada pela mãe da vítima e o andamento da investigação e aguarda retorno.

O crime aconteceu no dia 18 de setembro, na casa de Nicole, no Setor Village Garavelo, em Aparecida de Goiânia, durante uma discussão por pastel de feira. De acordo com a polícia, inicialmente, havia uma suspeita de que o namorado teria passado mal e sofrido um infarto.

Porém, depois, a equipe notou uma perfuração no peito esquerdo, causada pela agulha. O item é usado para furar o papel alumínio que encobre o carvão e, assim, ocorrer a liberação de calor para aquecer a essência do narguilé.

Investigação

Durante depoimento à polícia, a jovem relatou que a morte aconteceu durante uma discussão por causa de um pastel de feira. O delegado Eduardo Rodovalho, que investiga o caso, disse que o casal saiu para comer sem ela querer.

"Ela teria ficado nervosa, e eles começaram a discutir. Parece que era uma relação muito imatura”, disse o delegado à época do crime.

Nicole afirmou ainda aos policiais que ficou desesperada na hora que o atingiu, pois não "esperava isso". Ela se apresentou à polícia dias após o crime, mas não ficou detida, pois já havia passado o período de flagrante.

A mãe de Adailton acreditava que Nicole tivesse contado com a ajuda de ao menos mais uma pessoa para cometer o crime. No entanto, o delegado disse, no dia 1º de outubro, que a namorada do rapaz agiu sozinha. O investigador descartou a presença de outra pessoa no local do assassinato.

Mãe cobra punição

Maria das Graças reclama da demora para a conclusão do caso pela Polícia Civil. Após um mês, ela segue sem respostas. O jovem completaria 26 anos no último sábado (17).

“O laudo já era para ter saído e nada. O delegado disse que ia entrar em contato com a gente e também nada. A família dela sumiu. Todo mundo se mudou, e eu não estou sabendo de nada ainda”, desabafou a mãe.

Ao G1, a Polícia Técnico-Científica de Aparecida de Goiânia informou que o Laudo de Perícia Criminal sobre o crime foi liberado na terça-feira (20). Porém, só a Polícia Civil pode passar informações sobre o documento.

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