Dez mulheres do projeto Maria Madalena, em Barra do Garças, se preparam para voltar para casa depois de onze meses de tratamento intensivo onde conseguiram vencer o vício provocado pela dependência química. Essa é a segunda turma que está formada pela casa de recuperação idealizada pela igreja Assembléia de Deus, ministério Madureira e a fundação Amazônia Legal e assistida pela prefeitura de Barra do Garças.
Com capacidade para trinta internas, a casa tem acompanhamento médico, psicológico e espiritual de pessoas que se doam para o projeto. “Aqui nós temos pessoas simples que não teriam condição de pagar um tratamento como este e estamos partindo para segunda turma”, frisou o pastor José Fernandes durante visita a unidade acompanhado do prefeito Roberto Farias e dos vereadores Joãozinho e José Maria.
O pastor agradeceu o apoio que a prefeitura vem dando ao trabalho de recuperaçãoo. “As internas e colaboradores do projeto oram todos os dias pedindo a proteção de Deus ao prefeito, vereadores e todos que ajudam nesse projeto”, frisou Fernandes que espera ampliar o atendimento em 2014.
“Mesmo com as dificuldades da prefeitura, nós não podemos deixar de ajudar os projetos filantrópicos principalmente estes que lutam contra o mal do século que é a droga”, destacou o prefeito Roberto que destacou que a prefeitura ainda ajuda a Casa de Davi.
A jovem ‘S’ de 26 anos, que perdeu os pais e estava entregue as drogas, entrou no projeto bem magra e debilitada. Hoje ela engordou e aprendeu a trabalhar com artesanato e apresentou tapetes e chinelos que ele mesmo preparou. “Eu ressurgi das cinzas e agradeço a minha família que é casa de Madalena”, completou a interna que chorou ao lembrar o drama familiar que viveu em função das drogas.
A secretária de Ação Social, Mara Kisner, também acompanhou a visita onde enalteceu o trabalho das alunas. “Elas são esforçadas e aprenderam rapidamente a trabalhar com artesanato, costuras isso ajuda no tratamento”, completou.
A Casa Madalena, no setor Dermat, enfrentou no início até mesmo a perseguição de traficantes que eram contrários ao projeto e ameaçavam os pastores com ligações anônimas. Já são mais de 40 mulheres recuperadas. A próxima turma será formada em janeiro.