09/10/2020 às 10h20min - Atualizada em 09/10/2020 às 10h20min
Artista plástico tem infarto quando tentava ajudar a apagar incêndio e morre em MT
Ele era membro titular da Academia Brasileira de Belas Artes (ABBA) e os traçados inconfundíveis nas telas eram mundialmente conhecidos.
G1 MT
ARAGUAIA NOTÍCIA
O artista plástico Sebastião Mendes, de 54 anos, morreu na tarde dessa quinta-feira (8) ao sofrer um infarto enquanto ajudava a apagar um incêndio no sítio da família dele na Serra do Taquaral, em Cáceres, a 220 km de Cuiabá.
Sebastião passou mal enquanto apagava o fogo e morreu antes de ser socorrido. O corpo dele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Cáceres. O velório deve ocorrer nesta sexta-feira (9).
Ele era membro titular da Academia Brasileira de Belas Artes (ABBA) e os traçados inconfundíveis nas telas eram mundialmente conhecidos.
Os críticos viam em Sebastião um dos grandes artistas do expressionismo figurativo, com cores fortes e sobrepostos.
A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) emitiu nota de pesar lamenta a perda do grande artista, que nasceu em Cáceres.
As obras dele estão expostas nos mais diversos órgãos públicos de Cáceres e do estado.
Ele fez dezenas de exposições no Brasil e no exterior.
Biografia O artista levou os símbolos da cultura mato-grossense, principalmente a viola de cocho, para lugares distantes como Alemanha, Austrália, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Noruega, Portugal, Suíça, entre outros.
Autodidata, Sebastião dizia ter conhecido luz e sombra pelas obras de Rembrant, além de influência do brasileiro Almeida Junior.
Sebastião disse ter encontrado seu estilo sob a influência de artistas como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Portinari.
O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) também lamentou a morte do artista.
IFMT lamenta falecimento do artista plástico cacerense Sebastião Mendes
O instituto lembrou que o artista cacerense se manifestava pela arte, desde os 8 anos, transformando em telas as paredes de tábua da casa.
“A tinta era o carvão. Seus desenhos também ganhavam formas no quintal de terra. Os pincéis eram os gravetos. Incentivado pelo educador holandês, Frei Matheus, Sebastião Mendes dedicou a vida às artes plásticas. Era, como ele definia, paixão e trabalho”, disse o IFMT.
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