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04/10/2020 às 13h45min - Atualizada em 04/10/2020 às 13h45min

Militar suspeito de atirar e matar motociclista de 23 anos é preso em MT

Jonathan da Silva Rosário, de 23 anos, voltava da casa da namorada quando dois policiais tentaram abordá-lo e um deles disparou contra o jovem.

G1 MT
ARAGUAIA NOTÍCIA
O policial militar investigado pelo homicídio de Jonathan da Silva Rosário, de 23 anos, ocorrido na madrugada da última quinta-feira (1°), em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, foi preso nesse sábado (3).

O delegado Hércules Batista Gonçalves instaurou um inquérito para apurar o crime e representou pela prisão preventiva do policial, que foi deferida pelo juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Chapada dos Guimarães.

O militar, de 39 anos, foi conduzido à delegacia da Polícia Civil e interrogado pelo delegado. Após o cumprimento do mandado judicial, o policial foi encaminhado para uma unidade militar.

Na noite do homicídio, outro policial participou da tentativa de abordagem. Ele foi afastado da corporação, assim como o companheiro responsável pelo disparo.

Durante a prisão do suspeito, familiares e amigos da vítima bloquearam a entrada e saída de policiais entre Chapada dos Guimarães e Cuiabá.

Homicídio

Jonathan foi atingido por um disparo de arma de fogo efetuado pelo policial militar durante uma abordagem próxima à Praça Dom Wunibaldo, no centro de Chapada dos Guimarães.

Conforme o registro da ocorrência, uma equipe da Polícia Militar estava na praça e avistou o rapaz em uma motocicleta, sendo dada ordem de parada que, segundo os policiais, não foi acatada pelo condutor, e então foi efetuado um disparo que atingiu o rapaz na perna.

Ele ainda seguiu por uma distância de aproximadamente 100 metros, quando parou a motocicleta e caiu. Foi solicitado socorro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o encaminhamento para uma unidade de Pronto Atendimento. No entanto, ele não resistiu ao ferimento e chegou morto no hospital.

A Polícia Civil recebeu informou que recebeu as imagens de câmeras de segurança da via pública que foram analisadas e mostram a abordagem dos policiais ao rapaz, contrariando a versão apresentada por eles no boletim de ocorrência.

Família

Segundo a tia de Jonathan, Cida Lessa, ele saiu para levar a namorada em casa e voltava para a residência da família para dormir e trabalhar no dia seguinte.

Segundo a família, o rapaz não tinha carteira de habilitação e esse teria sido o motivo de não ter parado.

“Isso não faz dele um criminoso. Ele morava no sítio e veio para a cidade para trabalhar. Nunca mexeu com coisa errada, nunca brigou com ninguém. Era um menino que desde criança trabalhou para ajudar a família. Era muito amado na cidade”, contou.

A tia da vítima, Cida Lessa, contou ao G1 que a família acredita que os policiais tenham atirado a curta distância devido aos ferimentos causados.

“Isso é despreparo dos policiais. Se quiser parar, atira na moto, no pneu. Agiram como se o menino fosse um marginal e apresentasse uma ameaça”, ressaltou.

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