Imagens e áudios exclusivos obtidas pelo Olhar Direto mostram o exato momento em que Patrícia Helen Guimarães Ramos, 44 anos, mãe de Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, morta após um disparo o condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá, no dia 12 de julho, chega à casa da família Cestari e se depara com a filha caída no chão do banheiro. Além disto, é possível notar que a mãe da amiga dela, responsável pelo disparo, foi a responsável por buscá-la e avisá-la do acontecido.
As câmeras de segurança da casa da família Cestari flagram o momento em que Patrícia chega na casa, acompanhada da mãe da adolescente que efetuou o disparo. Desesperada, ela saiu correndo do carro e segue para dentro da residência gritando pela filha: “Isabele, Isabele”.
Quando chega ao banheiro, onde vê a filha caída e o sangue no chão, a mãe se desespera: “O que aconteceu? Meu Deus!”. Enquanto isto, Marcelo tenta pedir calma para a mulher e também tenta controlar o desespero.
Nas imagens, é possível ver também que a adolescente responsável pelo disparo sai desesperada para a frente da casa. Patrícia, em total desespero, continua a gritar: “Meu Deus, Meu Deus”.
Posteriormente, Patrícia deixa a casa, junto com a adolescente, sua irmã e a mãe dela para ir em busca de um médico, que mora no mesmo condomínio. Porém, nada mais podia ser feito, já que a perícia mostrou que Isabele morreu no momento em que foi atingida, tendo o seu corpo ‘desligado’ instantaneamente.
Inquérito concluído
A adolescente de 14 anos, responsável pelo disparo que matou Isabele Guimarães Ramos, de mesma idade, no dia 12 de julho, no condomínio Alphaville, em Cuiabá, responderá por ato infracional análogo a homicídio doloso. Concluiu-se na investigação que ela, no mínimo, assumiu o risco ao apontar a arma para o rosto da amiga e não verificar se a arma estava pronta para o disparo.
A sua pena máxima, conforme o delegado Wagner Bassi, poderá ser uma internação de até três anos, em estabelecimento educacional. Isso pode ocorrer durante o processo ou somente após a conclusão dos trabalhos na Justiça. Em casos envolvendo adolescentes, não há prisão.
As investigações mostraram que a versão apresentada pela adolescente de 14 anos não condiz com o que se apurou e com o que consta nos laudos da perícia.
Em sua versão, a adolescente conta que estava com o case em suas mãos, quando foi ver o que Isabele estaria fazendo no banheiro do seu quarto. Em dado momento, o objeto teria se desequilibrado e caído.
A menor então conta que abaixou para pegar a arma, enquanto equilibrava o case na outra mão. Neste momento, o disparo teria acontecido, de forma - supostamente - acidental.
Porém, o laudo aponta que o case não tem nenhum vestígio de sangue, assim como a segunda arma, que estava dentro do objeto. Além disto, perícia feita anterior já apontou que o disparo foi feito com a arma estando entre 30 e 40 centímetros do rosto da vítima.
Teoricamente, de acordo com os respingos de sangue, a perícia conclui que deveria haver vestígios dos flúidos no case ou na segunda arma, o que não aconteceu.
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