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20/08/2020 às 07h10min - Atualizada em 20/08/2020 às 07h10min

Família brasileira lembra e pede justiça pela morte de estudante de medicina no Paraguai

O autor do crime, que é paraguaio, está preso, mas ainda não foi julgado. Ele entrou no apartamento da vítima para arrumar um chuveiro e atacou covardemente a estudante com 19 facadas.

Araguaia Notícia


A família da estudante de medicina, Erika Corte, de 29 anos, que foi assassinada com dezenove facadas em Juan Pedro Caballero, no Paraguai, lembrou nesta semana dos dois anos da morte de Ekika que aconteceu na madrugada do dia 20 de agosto de 2018.

O principal suspeito do crime está preso, o eletricista paraguaio Christopher Andrés Romero Irala, 29 anos, que foi flagrado nas câmeras de segurança da quitinete onde morava Erika. Ele foi até o apartamento da estudante para arrumar um chuveiro e se aproveitou da situação para tentar estuprar a jovem e cometeu esse bárbaro crime.

Detalhe, Christopher, já era foragido da justiça paraguaia de outro feminicídio que ele cometeu em julho de 2014 na fronteira do Paraguai contra também uma mulher segundo levantamento do Araguaia Notícia

Quando foi preso Christopher optou pelo silencio e assim ele tem permanecido só que as imagens são claras e não há dúvida da família sobre autoria do crime. A primeira de Erika, a vereadora de Pontal do Araguaia, Fabiana Corte, disse que a família vem acompanhando de perto esse processo e aguarda ansiosamente que seja realizado logo o julgamento do acusado.

Suspeito de matar estudante brasileira foi filmado em conveniência ...

Suspeito de matar estudante brasileira foi filmado em conveniência ...



“Nós temos conhecimento que ele está preso, mas para nós da família seria um alivio seu julgamento. Pelo que ele fez com a minha prima e há informações que ele já tinha matado outra mulher, um homem desse jamais deve voltar ao convívio social”, destacou a vereadora ao site Araguaia Notícia.

Erika nasceu em Barra do Garças, mas é filha por adoção da querida cidade de Pontal do Araguaia e o pai dela, ex-prefeito Raniel Corte, esteve ontem dia 19/8 na cidade conversando com amigos e relembrando esse momento doloroso não só para a família, mas como também para toda a sociedade local apurou Araguaia Notícia.

Erika, como alguns brasileiros, foi até o Paraguai em busca de uma oportunidade de se formar como médica e infelizmente voltou num caixão para casa. Uma dor que jamais será esquecida pela família. Ela estava no segundo ano do curso de medicina.

Quando da prisão do eletricista, a polícia explicou que o aparelho celular da estudante foi levado pelo criminoso e revendido na internet. A polícia achou quem comprou o aparelho e afirmando que teria comprado de Christopher.
Isso porque José Cristaldo explicou que Marcelo comprou o aparelho celular diretamente de Christopher, após ele anunciar o aparelho em um grupo do WhatsApp, pelo valor de 100 mil guaranis.

O celular foi anunciado por volta das 23 horas, próximo ao momento em que o corpo de Erika era localizado por uma amiga na casa onde morava.



Christopher já havia sido visto em câmeras de monitoramento de um comércio, onde aparece comprando sorvete, antes de ir para a casa da brasileira. O mesmo sorvete foi localizado na cena do crime. Há também a suspeita de que Erika tenha sido estuprada.

Agora, a Polícia Nacional do Paraguai deve extrair dados do parelho celular, por meio de técnicas de apuração. Esses dados devem fortalecer as provas de que foi o eletricista o real autor do assassinato de Erika de Lima Corte.
 
Sobre outro feminicídio atribuído a Christopher, a juíza penal de garantias de Pedro Juan Caballero, Sady Estela Lopez, disse que a prisão foi decretada após Christopher não comparecer a uma audiência sobre o assassinato da estudante paraguaia Daysi Patrícia Benítez Gómez, em agosto de 2012 segundo levantou Araguaia Notícia
 
Assim como Erika, Daysi foi morta a golpes de faca, mas também sofreu estrangulamento e o assassino tentou colocar fogo no corpo.



De acordo com a magistrada paraguaia, Christopher foi preso pela primeira vez em 17 de agosto de 2012, três dias após a morte de Daysi. Na época ele foi denunciado como autor do crime pelo promotor criminal Sixto Marín.

Em 13 de março de 2013 ele conseguiu liberdade provisória por falta de provas de seu envolvimento na morte. Entretanto, no dia 9 de setembro de 2013 o Ministério Público reabriu o caso e a audiência preliminar foi designada para o dia 8 e julho de 2014.

Prisão internacional - Christopher não se apresentou na audiência, nem justificou a ausência. A justiça decretou então a prisão internacional do suspeito, ou seja, ele deveria ser preso mesmo se fosse localizado em outro país.
Só que o acusado não foi localizado até esta semana. Nos últimos anos ele vinha trabalhando com o pai, que presta serviço para a Ande, a agência nacional de energia elétrica do Paraguai.

Christopher tem se revelado um criminoso frio e calculista porque ele usa a lei do silencio para dificultar o trabalho das autoridades. É por isso que a família de Erika pede apoio da sociedade para não deixar esse caso cair no esquecimento e que aconteça logo o julgamento do acusado logo.
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