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19/08/2011 às 14h48min - Atualizada em 19/08/2011 às 14h48min

Juiz nega pedido de prisão domiciliar para advogado procurado

Olhar Direto
O Repórter do Araguaia

O juiz da comarca de São Felix do Araguaia, Marcos Antônio Canavarro dos Santos, negou nessa terça-feira (16) o pedido de prisão domiciliar solicitado pelos advogados do ex-procurador da prefeitura de Novo Santo Antônio (1.200 km de Cuiabá) e advogado Acácio Alves de Souza, acusado de ser o mandante do assassinato do prefeito Valdemir Antônio da Silva, o Quatro Olhos, morto com três tiros dia 23 de julho.

A defesa do acusado entrarou com pedido de conversão do mandado de prisão preventiva para prisão temporária, alegando que o Estado não dispõe de celas adequadas para o acusado, que é advogado. Todavia o juiz negou o pedido e encaminhou ofício ao delegado responsável pelo inquérito, Wiliney Santana Borges, comunicando o fato.

A prisão temporária de Acácio foi decretada dia 6 de agosto e no dia 7 ele fez um contato telefônico com a delegacia de São Felix dizendo que iria se entregar, porém não o fez e não manteve mais contato com a Polícia Civil. Wiliney disse que a situação de Acácio complica-se cada vez mais porque ele é considerado foragido da Justiça.

A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mato Grosso já pediu que o advogado se entregue e deixou claro que ele corre o risco de ser suspenso de suas atividades até o fato seja apurado. O advogado foi apontado como possível mandante do crime por um dos dois pistoleiros presos acusados de terem matado o prefeito Quatro Olhos numa 'empreita' de R$ 30 mil.

O advogado foi denunciado por Luciano Vieira que afirma ter participado da embosca onde o executor foi Alexandre Barbosa, conhecido Magrão. Alexandre nega o crime, porém pediu a conta do sogro para receber um depósito que a polícia suspeita ser para receber a sua parte no crime. Luciano chegou a comprar uma moto Twister e móveis para casa no valor de R$ 15 mil.

Em depoimento, um homem identificado como Adão Cuiabano afirmou que teria sido procurado por um mototaxista lhe oferecendo o serviço para matar o prefeito por 50 mil. Cuiabano disse que não aceitou alegando que o valor era pouco.

Wiliney disse que a investigação ainda não está concluída e não descarta novos desdobramentos.

Mato Grosso teve mais um prefeito assassinado na seqüência, da cidade de Nova Canaã do Norte (699 km de Cuiabá), Antônio Luiz César de Castro, o "Luizão" (DEM), executado com seis tiros.

Na segunda-feira (15), foi a vez do vereador e presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Cascalheira (960 km de Cuiabá), Adejar Gonçalves Pereira (PP), levar um susto. Ele sofreu uma tentativa de emboscada quando chegava em casa, localizado em um sítio a 30 km do centro do município e quase entrou para lista de políticos assinados. Ele encontrou cantoneiras com pregos para furar os pneus do seu carro, uma corrente com cadeado trancando mata-burros e esconderijo dos pistoleiros próximo ao sitio dele. O vereador pediu proteção policial. Ele afirma que não tem inimigos exceto sua divergência política com o prefeito de Cascalheira, Adário Carneiro (DEM).  

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