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05/08/2020 às 18h09min - Atualizada em 05/08/2020 às 18h09min

Médico que atendeu adolescente que morreu com tiro acidental diz à polícia que não viu arma: "Algo muito estranho aconteceu"

O médico Wilson Guimarães Novais, amigo da família da adolescente Isabele Ramos, de 14 anos, que foi morta com um tiro acidental no dia 12 de julho, também estranhou a limpeza do local.

G1 MT
ARAGUAIA NOTÍCIA
Em depoimento à Polícia Civil, o médico Wilson Guimarães Novais, amigo da família da adolescente Isabele Ramos, de 14 anos, que foi morta com um tiro acidental no dia 12 de julho, em um condomínio de luxo, em Cuiabá, afirmou que notou o sumiço da arma e também a estranhou a limpeza do ambiente.

Ele foi chamado pela mãe de Isabele logo após Patrícia Ramos tomar conhecimento da morte da filha.

O médico contou ao delegado que viu quando o pai da suspeita do tiro acidental, Marcelo Cestari, deixou o local e questionou diversas pessoas sobre onde estaria a arma utilizada.

“Algo muito estranho aconteceu aqui. A Isabele está morta por um tiro no crânio e não há arma no local do crime”.

Outro detalhe que chamou a atenção do médico, que era sócio do pai de Isabele, também médico, morto em um acidente em 2018, ambos neurocirurgiões, foi a limpeza do banheiro onde o corpo de Isabele foi encontrado.

O médico contou aos policiais que ao sair do local disse aos parentes de Isabele: “Algo muito estranho aconteceu aqui. A Isabele está morta por um tiro no crânio e não há arma no local do crime”.

Durante a perícia na casa da família, a polícia encontrou sete armas. A arma usada na morte de Isabele, a cápsula e o projétil disparados foram apreendidos posteriormente e passam por perícia.

Entenda o caso

A situação ocorreu por volta de 22h30 de 12 de julho em um condomínio de luxo localizado no Bairro Jardim Itália, em Cuiabá.

O advogado da família da adolescente que efetuou o disparo, Rodrigo Pouso, explicou que o pai da suspeita do tiro acidental estava na parte inferior e pediu para que a filha guardasse a arma no andar superior, onde estava Isabele.

A adolescente pegou o case – uma maleta onde estavam duas armas – e subiu obedecendo ao pai. Apesar de estar guardada, a arma estava carregada.

Segundo o advogado, uma das armas caiu no chão e a adolescente tentou pegar, mas se desequilibrou e o objeto acabou disparando.

A menina negou que brincava com a arma ou que tentou mostrar o objeto para a amiga.

Praticante de tiro

As duas famílias, a da adolescente que disparou, e a do namorado dela praticam tiro esportivo.

A Federação de Tiro de Mato Grosso (FTMT) disse que a adolescente que matou a amiga é praticante de tiro esportivo há pelo menos três anos.

Segundo a federação, o pai e a menina participavam das aulas e de campeonatos há três anos. Os nomes deles constam nos grupos, chamados 'squads', que participavam das competições da FTMT.

Outros membros da família também participavam desses grupos e praticam o esporte.

O advogado da família contestou a informação e afirmou que a adolescente praticava o esporte há apenas três meses.
 

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