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30/07/2020 às 17h04min - Atualizada em 30/07/2020 às 17h04min

Cacique Raoni recebe alta hospitalar

Carol Scandolara / assessoria Hospital Dois Pinheiros
ARAGUAIA NOTÍCIA


Após seis dias internado no Hospital Dois Pinheiros, em Sinop-MT, o cacique Raoni teve alta hospitalar concedida pela equipe médica que teve a frente os médicos Dr Douglas Yanai e Dra Fernanda Quinelato. O líder indígena retorna para o Xingu na tarde deste sábado (25).

O boletim médico de hoje (25) indicou quadro clínico de cura da infecção intestinal, sem indicativos de febre, diarreia e novo teste de Covid-19 negativado, recebendo assim alta hospitalar em bom estado geral. 

Segundo o médico Dr Douglas Yanai, o cacique retorna para sua aldeia com tratamento para prevenção de embolia pulmonar,  orientação de antibióticos por via oral e orientação nutricional de dieta hipercalórica e hiperprotéica, além do uso de protetor gástrico. 

"Manteremos contato com a equipe de saúde indígena que fica na aldeia para podermos acompanhar e continuar orientação para a recuperação plena dele", explicou o médico.

Relembre o caso 

O líder do povo Kayapó, Raoni Metuktire, de 89 anos em registro, deu entrada no Hospital Dois Pinheiros, na cidade de Sinop, Norte de Mato Grosso, região Centro-Oeste do país e localizada a 200 km do Parque Nacional do Xingu, no sábado passado, dia 18 de julho, vindo da cidade de Colíder-MT, onde recebeu os primeiros atendimentos em outro serviço hospitalar. 

Ele foi admitido com pressão baixa, anemia, desidratação e sangramento evidenciado nas fezes, passando por uma transfusão de sangue para controlar o quadro de hemorragia digestiva. Exames de endoscopia, colonoscopia e laboratoriais indicaram no decorrer da semana úlceras gástricas, intestinais, infecção intestinal e inflamação no cólon, que foram tratadas com antibióticos e protetor gástrico.

Raoni também passou por exames de rotina com uma equipe de cardiologia e pneumologia, onde foram detectadas fibrilação atrial crônica e enfisema de longa data, mas sem relação com as infecções e as úlceras. Foi iniciada medicação para diminuir o risco de trombose que pode acontecer por causa da fibrilação atrial.

Há menos de um mês o líder indígena perdeu a esposa, que morreu por problemas de saúde. Ele estava de luto. A família acompanhou o indígena, que é conhecido mundialmente pela luta em defesa dos povos da Reserva Nacional do Xingu, durante toda a internação. 

O Hospital 

O hospital é centro de referência há 41 anos em atendimentos de saúde na região, onde vivem aproximadamente 1.000.000 de pessoas. A estrutura inclui Sala de Vacinas, Centro de Diagnóstico por Imagem, Centro Cirúrgico, Centro de Endoscopia, Medicina Nuclear, Maternidade e Pronto Atendimento com plantão de 24 horas.

Há três anos o hospital realiza, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a Expedição Xingu, onde profissionais da saúde e acadêmicos levam atendimentos nas áreas de oftalmologia, pediatria, geral e prevenção ao alcoolismo ao parque indígena.
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