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30/07/2020 às 11h08min - Atualizada em 30/07/2020 às 11h08min

Morto com Covid que teve corpo e enterro trocado é desenterrado e tem novo sepultamento em MT

A família conseguiu uma decisão da Justiça para que o corpo fosse desenterrado e encaminhado para ser novo sepultamento em Poconé, onde a família reside e a vítima também residia.

G1 MT
ARAGUAIA NOTÍCIA
O corpo do trabalhador autônomo que, por equívoco, foi trocado e enterrado como indigente, após morrer com Covid-19, nessa terça-feira (28), em Cuiabá, foi desenterrado e teve novo sepultamento nesta quarta-feira (29), em Poconé, a 104 km da capital.

Segundo a família, o corpo de Erasmo Benedito da Silva, de 46 anos, foi trocado com o de outro paciente, que também havia morrido com a doença, na Santa Casa de Cuiabá, onde ele também estava internado.

Após o enterro errado, a família conseguiu, nesta quarta-feira (29), uma decisão da Justiça para que o corpo fosse desenterrado e encaminhado para ser enterrado novamente no cemitério em Poconé, onde a família reside e a vítima também residia.

Após o corpo ser desenterrado, um familiar fez o reconhecimento do corpo por meio de foto por aplicativo de celular.

O corpo foi levado para Poconé com o carro da funerária responsável. O novo enterro foi feito no fim da tarde desta quarta-feira (29).

O caso

Erasmo Benedito foi para a capital porque precisava fazer uma hemodiálise e acabou se contaminando com o novo coronavírus. Ele tinha problemas nos rins e era diabético. Ficou 15 dias internado na Santa Casa de Cuiabá pelo agravamento da doença e faleceu.

Em uma rede social, a irmã dele Eide Maura diz que houve uma confusão. “Meu irmão já não estava mais lá porque foi enterrado como indigente. Confundiram com outro corpo e cometeram um erro gravíssimo. Eu pergunto, quantas famílias não foram enganadas?”, afirma.

A família soube da morte, fez o procedimento necessário na funerária e aguarda a liberação do corpo para levá-lo para Poconé. No final do dia, pediram que alguém da família fosse até Cuiabá para fazer o reconhecimento, pois havia morrido sete pessoas por Covid-19 no mesmo dia.

A nora da vítima, Jucielle Patrícia de Arruda, contou que a funerária só iria buscar o corpo dele se a família fizesse o reconhecimento. Um primo de Erasmo então foi até a Santa Casa fazer o reconhecimento e nenhum dos corpos era dele.

Segundo Jucielle, o hospital trocou os corpos que seriam levados pela funerária e outra família fez o enterro de Erasmo.

A família foi até o hospital obter alguma resposta e os funcionários informaram que teriam que buscar a Justiça para que pudessem exumar o corpo enterrado pela outra família.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES), por meio da diretoria do Hospital Estadual Santa Casa, alega que é atribuição da unidade hospitalar identificar, preparar e entregar o corpo à funerária, e que o hospital seguiu esse fluxo com todos os corpos do dia 28 de julho e os encaminhou à funerária.

Ao G1, a funerária responsável não quis se pronunciar.

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