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18/07/2020 às 22h48min - Atualizada em 18/07/2020 às 22h48min

MT teme uma segunda 'onda de contaminação' da Covid durante campanha eleitoral

Os especialistas calculam que o estado estará vivendo entre outubro e novembro a segunda onda do Covid

Midia News
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As eleições municipais para escolha de prefeitos e vereadores, adiadaS para os dias 15 e 29 de novembro, primeiro e segundo turno, vão contribuir para o aumento dos casos de covid-19 em Mato Grosso e no Brasil, conforme análise do secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo. E não somente a data do pleito, mas sim a campanha eleitoral, onde segundo o gestor, candidatos "com certeza" vão promover reuniões presenciais e aglomerar pessoas, fazendo aumentar o risco de contágio da doença. 

Durante entrevista coletiva transmitida nas redes sociais do Governo do Estado, o secretário sinalizou que não concorda com realização do pleito eleitoral em novembro, período em que a pandemia ainda estará presente no Estado, com base nos dados atuais e na curva de contágio que continua em franco crescimento. Mas como é uma decisão tomada pelo Congresso Nacional para todo o Brasil, o jeito será adotar as medidas necessárias para minimizar os riscos de infecção pelo novo coronavírus.

"Se tivermos a eleição, com certeza terá aglomeração de pessoas. Por mais distanciamento que vá ocorrer, a campanha eleitoral vai trazer alguma consequência porque que candidato vai conseguir ficar parado sem promover alguma reunião? Vai ser denúncias e mais denúncias", disse o secretário ao explicar que ele já recebe diariamente diversas denúncias apontando que prefeitos e prefeitas estão fazendo reuniões e descumprindo a norma de distanciamento social contida em decreto estadual e municipais. 

Ele argumenta que as reuniões são a maneira tradicional de fazer campanha, para os candidatos chegarem até as pessoas. Apesar do recurso das mídias sociais, ele ressalta que o contato diretamente das pessoas ainda é importante. "Então, isso vai ocorrer e sabendo disso, teremos de adotar todas as medidas necessárias para minimizar. Mas 100% não vai conseguir", afirmou Figueiredo.

Para exemplificar sua afirmação, observou que as pessoas ao entrarem em farmácias e supermercados continuam não cumprindo o distanciamento de 1,5 metro, umas das outras. "É difícil, as pessoas não têm essa percepção que precisa manter um distanciamento e segurança para fazer isso", lamentou. "Imagina na eleição. São riscos que o país vai correr. Não tem outro jeito se manter essas decisões, isso vai ocorrer vai aumentar, talvez até bastante, o ritmo da infecção aqui no Estado e no Brasil", observou. 



O secretário alertou ainda que Mato Grosso vai entrar num período complicado, com aumento das queimadas, piora na qualidade do ar, época de baixa unidade do ar, o que contribui para aumento das doenças respiratórias, a exemplo da própria influenza, que é a gripe comum. "É um conjunto, se tiver retorno das aulas presenciais é mais um ingrediente preocupante. Todo movimento dessa natureza enseja em risco, o que tem ser feito é tentar minimizar o risco porque ele não vai ser extinto 100%", assinalou o gestor.
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