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08/08/2011 às 17h39min - Atualizada em 08/08/2011 às 17h39min

Casaldáliga destaca a importância da Unemat no Araguaia

Secom-MT
Reprodução

O bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia, Pedro Casaldáliga, 83 anos, recebeu a equipe da Diretoria de Comunicação da Universidade do Estado de Mato Grosso em sua residência no município de São Félix do Araguaia, distante 1.200 quilômetros da capital Cuiabá. Numa conversa de cerca de 20 minutos relatou a importância da Unemat para toda a região. A idade avançada, o Parkinson e a debilidade física, não afetam sua memória e seu raciocínio lógico e perspicaz.

Segundo ele, a decisão de plantar um campus da Unemat no município de Luciara, distante 100 quilômetros de São Félix, há quase 20 anos, foi fundamental para que a região deixasse de ser o Vale dos Esquecidos.

Com a tranquilidade de quem já viveu muito, e dedicou sua vida aos oprimidos, às causas indígenas, educacionais e do homem do campo, Casaldáliga relembra sua chegada na região no fim da década de 60 e conta que o anseio da população era por educação, e que ter uma escola no campo era o meio de garantir a permanência do homem na terra. Além disso, houve todo um trabalho para garantir a formação de professores inicialmente com o segundo grau, e com a decisão da Unemat em instalar um campus na região, abriram-se os sonhos e possibilidade do ensino superior.

Durante a entrevista ressaltou a importância da Unemat para a região, dada a impossibilidade de fomentar a educação superior e qualificar os professores da região que não podiam deixar suas casas e trabalho para estudar em outros municípios. Ele também fala do Programa Parceladas - mantido pela Unemat e que possibilita a formação de professores em serviço, durante as férias escolares, e que tem a pesquisa como componente curricular - como sendo um projeto “pé no chão”, que valoriza as raízes e o processo de educação por meio da inculturação.

Sobre a repressão, Pedro Casaldáliga, que por muitas vezes foi alvo de processos de expulsão do Brasil, durante o regime ditatorial, afirma que toda repressão é iníqua e burra. Ao final, o bispo faz um balanço da sua vida, e afirma que tudo valeu muito à pena, porque foram deixados frutos. Da mesma forma, ele avalia que a Unemat tem deixado frutos na região, com vários alunos que se formaram na Unemat puderam sair e continuar os estudos e agora tem regressado para o Araguaia.

Ouça a entrevista na íntegra na rádio Web Unemat, ou assista ao vídeo acessando: www.unemat.br 

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