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05/06/2020 às 14h53min - Atualizada em 05/06/2020 às 14h53min

Motorista de prefeitura é acusado de atacar sexualmente psicóloga

Os assédios eram frequentes e o suspeito tentou pegar na parte da íntima da vitima no carro da prefeitura

Olhando a Notícia
ARAGUAIA NOTÍCIA


Um motorista, da Secretaria de Saúde de São Félix do Araguaia, (1.200 km de Cuiabá), está sendo acusado de assédio e importunação sexual em horário de expediente. De acordo com o relato da vítima que procurou a polícia foi registrado um boletim de ocorrência com o número (2020.122.843).

O motorista, teria feito as investidas contra a servidora, que é psicóloga de carreira no município. Muito abalada emocionalmente a servidora tomou todas as providências no município.

O site “Olhando a Notícia (O.N)” entrou em contato por telefone com a vítima que atua no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), L.N.C., que confirmou o relato de que o motorista tentou obrigá-la a satisfizer os seus desejos, usando de forma violenta, sem a sua autorização. ‘Me senti muito mal’, diz a servidora que denuncia o motorista por assédio sexual.

L.N.C. disse que, foi assediada e importunada sexualmente durante a entrega de medicamentos aos pacientes do CAPS pelo motorista da secretaria de saúde várias vezes, durante o percurso o suspeito tentava tocá-la, ficava tentando alisar a sua mão, algo que lhe deixou muito assustada. Era obrigada a ouvir piadas maliciosas, além de usar termos desrespeitosos e indagações sobre a vida e prática sexual da servidora.

A psicóloga conta que um dos motivos que levou a denunciar o crime, foi o contato dele, diário com pacientes dos CAPS inseridos nos programas de saúde da prefeitura.

Outro motivo foi o desrespeito e atrevimento perante a presença do seu filho que acompanhava em umas das entregas de medicamentos, A psicóloga conta que o motorista aproveitou da distração do filho da vitima no celular, tentou encostar a sua mão nas partes intimas, lhe deixando envergonhada e constrangida, fazendo comentários grosseiros de cunho sexual explícito”, o que lhe fez reagir irritadamente, ao ponto do filho perceber que havia algo estranho.

Após chegar em casa a psicóloga resolveu desabafar com o filho, o motivo de sua reação irritante com o motorista. Depois de todo o desabafo ao seu filho L.N.C tomou coragem e denunciou ao Ministério Público de São Félix do Araguaia e a Polícia Judiciária Civil. “Tive muita raiva, revolta, espero que ele pague pelo que me fez”, concluiu L.N.C.

A vítima afirmou ainda que investidas do assediador, se tornou freqüentes e incisivas, por isso decidiu contar todo o caso do assédio sexual a sua chefia, onde a mesma ficou responsável a encaminhar para a secretária municipal de Saúde, Rosane de Faria Maciel.

Na ocasião, Rosane se comprometeu a tomar as devidas providências em relação ao caso, mas não houve tempo, pois Rosane deixou a secretaria no dia 1º de junho, assumindo a pasta a servidora Leônia Carolina Claudio Macedo, até o presente momento não foi aberto nenhum processo investigatório sobre o caso no âmbito administrativo.



Ela conta ainda que não denunciou o caso à época porque temia, ao ouvir vários relatos, de que o mesmo ameaçava, em outros casos envolvia amigos e até mesmo parentes. A psicóloga resolveu denunciar o motorista para servir de alerta e que casos como esses não aconteça com outras servidoras do município.

Nossa reportagem entrou em contato com diversas vezes com o suspeito e seu telefone só desligado.

A Lei 10.224/01 introduziu o artigo 216-A no Código Penal, tipificando o assédio sexual como crime. A pena prevista é de detenção de um a dois anos, aumentada de um terço se a vítima for menor de idade. Já o assédio moral, embora não faça parte expressamente do ordenamento jurídico brasileiro, não tem sido tolerado pelo Judiciário. Mas, tanto em um caso como em outro, nem sempre é fácil provar sua ocorrência.
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