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30/05/2020 às 21h59min - Atualizada em 30/05/2020 às 21h59min

Acusado de matar jornalista no Paraguai é preso em Campo Verde

G1 MT
ARAGUAIA NOTÍCIA


A Polícia Civil de Campo Verde (131 km ao sul de Cuiabá) e Polícia Militar prenderam na manhã desta sexta-feira (29) um homem procurado pela Interpol do Paraguai. Wilson Acosta Marques, de 48 anos, é acusado de participação no assassinato de um jornalista no país vizinho, em 2014.
 
O suspeito de 48 anos foi localizado em uma casa simples, na zona rural de Chapada dos Guimarães, onde ele mantinha uma borracharia e vivia com a família há dois anos.
 
Após checagem nos sistemas, os policiais apuraram que contra ele, que tem dupla nacionalidade (paraguaia e brasileira), havia dois mandados de prisão expedidos pela Justiça de Sete Quedas (MS).  
 
Em consulta à Interpol, a Polícia Civil também constatou que o suspeito tem mandados de prisão expedidos pela Justiça paraguaia e que ele consta na lista vermelha dos mais procurados pela Interpol do país vizinho.
 
Durante a abordagem, ele apresentou documento em nome de outra pessoa, como tendo nascido em 1978 e natural de Caarapó, também em Mato Grosso do Sul.
 
Contudo, após entrevista na delegacia, ele confessou que o documento é falso, pelo qual pagou R$ 600 e pertenceria a um parente já falecido, informação que será apurada.
 
O delegado de Polícia de Campo Verde, Mário Roberto Santiago Junior, entrou em contato com a Interpol em Assunção, no Paraguai, e obteve a informação de que o homem preso responde a diversos crimes.
 
O mais grave deles é o assassinato do jornalista paraguaio Pablo Medina Velázquez e de sua assistente, Antónia Marines Almada Chamorro, em outubro de 2014, em uma localidade na fronteira dos dois países.
 
Três pessoas foram investigadas pelas mortes, sendo um deles seu irmão, Wilmar Acosta Marques, que seria o mandante dos homicídios, e um sobrinho dos dois.
 
Após os procedimentos policiais em Campo Verde, o homem será encaminhado para uma unidade prisional e colocado à disposição do Poder Judiciário.
 
A investigação contou com atuação de equipes da Polícia Civil de Campo Verde e da agência local de inteligência da Polícia Militar do município e de Chapada dos Guimarães.

Mortes
 
Conforme denúncia do Ministério Público Federal contra um dos acusados pelos crimes, a morte do jornalista foi motivada por uma vingança das três pessoas envolvidas em represália às publicações do jornalista no ABC Color, jornal de maior circulação no Paraguai.
 
Medina publicou diversas matérias sobre Wilmar, então candidato a prefeito e depois prefeito da cidade paraguaia de Ypejhú, a quem atribuía vínculo com o narcotráfico na fronteira entre o Paraguai e o Brasil e envolvimento em crimes de homicídio nas regiões paraguaias de Villa Ygatimi e Ypejhú. Por conta das matérias, o jornalista recebia ameaças de morte.
 
O crime ocorreu na tarde de 16 de outubro de 2014, em uma emboscada na estrada rural que liga a cidade de Villa Ygatimi à Colônia Ko’e Porá, localizadas no Departamento de Canindeyú.
 
Usando vestimentas militares, tio e sobrinho simularam uma blitz e quando o carro do jornalista parou foi atingido por tiros. A assistente estava no banco do carona e também foi atingida.

 
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