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25/05/2020 às 22h56min - Atualizada em 25/05/2020 às 22h56min

Mauro Mendes analisa força do DEM caso tenha eleição e entre os nomes da sigla está Wellinton Marcos em Barra do Garças

O governador fez um balanço sobre a sua gestão no estado durante entrevista a Tv Cuiabá e o Portal O Documento. Ao lembrar das pretensões do DEM fica a ressalva para o nome do vice-prefeito barra-garcense

O Documento + Tv Cuiabá
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O governador Mauro Mendes (DEM), recebeu a TV Cuiabá, canal 47.1 e do Portal O Documento, no início da semana, em seu gabinete, no Palácio Paiaguás, quando discorreu sobre os reflexos e das ações do seu governo por conta da pandemia do coronavírus  em Mato Grosso.

Ele também abordou outros assuntos, como as eleições sucessórias municipais [prefeitos e vereadores] e a eleição suplementar do Senado, no caso específico de Mato Grosso. Mendes falou por mais de 40 minutos e a entrevista foi exibida com exclusividade no programa Comando Geral, que vai ao ar diariamente às 11 horas na TV Cuiabá, apresentado pelo jornalista Maksuês Leite.

O DOC – O que o governo de Mato Grosso tem feito em relação à pandemia do novo coronavírus?

MAURO MENDES – Temos tomado uma série de providências para melhorar e ampliar a rede pública da saúde estadual exclusiva para atender pacientes do covid-19. O Estado tinha nos hospitais regionais em Rondonópolis, Cáceres, Sinop, Sorriso, Colíder, e, também, nos hospitais de consórcio – aqueles que o governo ajuda a bancar, que é de Água Boa, Peixoto de Azevedo e Barra do Bugres, nós tínhamos 77 UTI´s (Unidades de Terapia Intensiva). Hoje, Mato Grosso já conta, além das 77 unidades. E abrimos mais 110 UTI novas, ampliando ainda mais a rede de atendimento.

ODOC – Esses investimentos são de conhecimento público e foram amplamente divulgados. Vêm outros por aí?

MAURO MENDES  – Nesta semana, estamos fechando acordo com Barra do Garças, Tangará da Serra, Confresa e Peixoto de Azevedo para abrir 50 novas UTI. Fizemos um hospital definitivo, com 210 leitos novos no Metropolitano, em Várzea Grande, num prazo recorde de 45 dias. É uma obra que quando terminar a pandemia vai estar aí para atender a média e alta complexidade no Estado. A situação em Mato Grosso está sob controle, temos um dos menores índices de infecção e até de letalidade. Vamos continuar trabalhando, monitorando os números, pedindo para que a população use a máscara, que é um mecanismo que ajuda e muito a minimizar o risco de transmissão dessa doença. Tomando as medidas e adotando os procedimentos adequados a gente pode continuar trabalhando porque isso é importante para garantir a vida das pessoas que dependem do trabalho para sobreviver.

O DOC – A economia do Estado foi afetada por conta do fechamento e paralisação de setores produtivos? O comércio e a rede de prestação de serviços, por exemlo?

MAURO MENDES – Lamentavelmente. No mês de abril, perdemos algo em torno de R$ 140 milhões em relação ao mesmo período de 2019. No mês de maio deveremos perder algo em torno de R$ 200 milhões a 250 milhões, o que nos preocupa porque há uma redução sensível da atividade econômica. Estamos diante desse novo cenário, fazendo todo corte possível, administrando da melhor maneira possível para que possamos minimizar o impacto na vida dos servidores, da sociedade, não deixando que essa redução possa impactar na qualidade dos serviços que nós temos o dever de prestar, na saúde, principalmente. Ficamos algumas semanas que não circulavam carros nas ruas. Isso diminui o consumo de combustíveis, cai a arrecadação de ICMS. O preço do combustível caiu muito. Nossa venda de etanol para outros estados caiu. Estamos trabalhando em várias frentes para amenizar o impacto. Agora no mês de abril, por exemplo, a Sema acelerou seus processos. Pedimos prioridade, colocamos mais servidores e, mesmo de home office, trabalhando em casa, houve um aumento de produtividade. Eles entenderam o apelo que nós fizemos e soltamos 512 licenças. É um recorde, inclusive, na Sema. Sem a licença ambiental não operam ou não iniciam seus investimentos. O governo está fazendo e tomando medidas.

O DOC – Como está o governador Mauro Mendes em relação às eleições municipais deste ano e a eleição suplementar do Senado?

MAURO MENDES – Como agentes políticos, estamos trabalhando, sim, para ter candidato aí em torno de 80 municípios. E esperamos eleger algo em torno de 40 a 45 prefeitos.  Há uma expectativa, embora não confirmada, de que vão adiar [ou não], as eleções. Isso é uma decisão que cabe ao TSE. E o governo de Mato Grosso, nosso principal objetivo é fazer a gestão do Estado e melhorar qualidade do serviço público. É para isso que eu fui eleito.

E fica aqui uma ressalva que o pré-candidato do DEM em Barra do Garças é o vice-prefeito Welinton Marcos que conta com apoio do prefeito Roberto Farias, vereadores, secretários, deputados e do senador Welington Fagundes que é do PR mas já disse que vai marchar com a pré-candidatura de Welinton Marcos na Barra. 

O DOC – E o pleito? As candidaturas …

MAURO MENDES – O meu partido, o Democratas, já decidiu por candidatura para disputar a sucessão em Cuiabá. isso foi em reunião da Executiva, onde estavam todos os membros. Está decidido que iremos construir uma candidatura para apresentar como alternativa para melhor administrar a Capital. Para o Senado, a eleição suplementar deve acontecer juntamente com a de prefeitos e vereadores. Isso é bom, traz economicidade.  Vamos ver se o Otavano [o Otaviano Piveta] manterá sua candidatura. O Fávaro está lá, fazendo um belo trabalho, com certeza, vai ser candidato, está no mandato e foi o terceiro colocado nas eleições. É legítimo que ele postule essa candidatura e coloque o seu nome para continuar. Vamos ver o cenário até lá para que nosso partido possa se definir.

ODOC – O senhor anunciou o aumento de quatro mil vagas no sistema prisional de Mato Grosso. Como é isso?

MAURO MENDES – Nós assinamos um TAC com várias instituições, como o Tribunal de Justiça e o Ministério Público, e vamos fazer agora um grande trabalho que faz parte do tolerância zero, que é melhorar o sistema prisional, melhorar e dominar o sistema prisional na mão da segurança pública, das nossas forças de segurança. Dentro desse programa há um módulo que prevê a implantação de 4 mil novas vagas no sistema prisional nos próximos três anos, incluindo um raio de segurança máxima na Penitenciária Central do Estado, com celas individuais para 50 detentos. Hoje em todo o Estado são pouco mais de seis mil vagas. “Em três anos iremos construir quatro mil novas vagas. Com isso nós teremos condições de poder abrigar corretamente em ambientes adequados, em ambientes que possam permitir a esses presos, se recuperar, ser punidos por eventuais crimes que tenham cometido, mas com dignidade de poder se recuperar, se ressocializar e voltar para a sociedade.

ODOC – O senhor está extinguindo 4.185 cargos do Executivo, e isso certamente trará economia aos cofres públicos, porém, não vai prejudicar o funcionamento da máquina?

MAURO MENDES – Não vai porque o governo faz hoje um movimento que é a digitalização da informação. Temos um programa chamado governo digital que é investindo muito na nossa parte sistémica, tirando pessoas e colocando processos automatizados. Vou dar um exemplo: antes, para fazer o pagamento do licenciamento do seu veículo, tinha que ir ao Detran. Demorava mais de duas horas. Hoje, da sua casa, se você baixar o MT Cidadão, em menos de 3 minutos faz o procedimento. Simplifica a vida do cidadão e tira a exigência de mais pessoas. Isso vai trazer uma economia de mais de R$ 200 milhões aos cofres públicos.

ODOC – E a mensagem 50, aprovada hã pouco na Assembleia Legislativa que mexe com o teto  salarial do servidor público que assumir cargo comissionado?

MAURO MENDES – O Projeto 50 faz ajustes na administração pública. Eu, como gestor, preciso de remunerar adequadamente os profissionais dentro do governo. Servidor de carreira, assumindo cargo de confiança traz economia para Mato Grosso. É isso que foi feito nesta lei. Quem votou contra não foi capaz de entender o óbvio do projeto. Eu fiquei tão irritado, com tantas besteiras ditas por tantas pessoas que eu falei, deixa aprovar que depois nós explicamos.

ODOC – A volta às aulas, governador, é possível fazer uma previsão?

MAURO MENDES – É muito difícil neste momento fazer uma previsão de quando efetivamente vamos retornar as aulas. Existe um indicativo para a primeira semana de junho. Porém, essa data terá que ser avaliada uma semana antes para que tenhamos uma real situação do nível de contaminação e se essa medida poderá ser efetivamente implementada. A Secretaria de Educação já tem hoje um conjunto de medidas que está permitindo, entregando aulas de forma digital, usando a TV Assembleia, entregando em locais onde nada disso possa ser acessado, de forma física, material didático. Fazendo um acompanhamento para minimizar esse período sem aulas. Estamos preocupados com isso, queremos garantir o ano letivo para nossos alunos, porém, não podemos nesse momento antecipar uma data efetiva. Vai depender da evolução da contaminação e que essa medida possa ser tomada de forma segura, sem trazer nenhum revés.
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