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22/05/2020 às 15h44min - Atualizada em 22/05/2020 às 15h44min

Advogado da Indianagri diz que indeferimento de recuperação judicial 'favorece os grandes contra os pequenos'

"Tenho um plano, que permite pagar os produtores que ali aportaram tudo que tem na vida. Penso nos produtores pequenos, que não receberão nada", explica a nota enviada pelo advogado

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O advogado e especialista em recuperação judicial Euclides Ribeiro, responsável pelo pedido de recuperação judicial da Indianagri Comércio e Exportação de Cereais, afirma que a decisão, de não aprovar a recuperação judicial, favorece os grandes contra os pequenos.

“Tenho um plano, que permite pagar os produtores que ali aportaram tudo que tem na vida, se o Poder Judiciário quer proteger alguns grandes, paciência. Já recorremos e esperamos que isso não vire um carnaval como o do Coronavírus. Penso nos produtores pequenos, que não receberão nada”.

Ribeiro ainda reclama da posição da Aprosoja, que ciente do assunto, nada faz. Para o especialista em RJ, uma empresa é o conjunto de interesses de credores, fornecedores e toda a sociedade.

“Não culpo o judiciário, não estamos prontos para uma visão mais global do assunto. Pelo menos não vi isso na sentença, que agora libera para alguns poucos credores receberem o que é seu, em detrimento de centenas de produtores”, defendeu.

ENTENDA O CASO

O pedido de recuperação judicial

Com um passivo de aproximadamente R$ 223 milhões, a Indianagri tornou público seu pedido de recuperação judicial no dia 15 de abril. Na comunicação, a empresa se baseou no comprometimento severo do seu fluxo de caixa.

A empresa fundada em 2009 em Primavera do Leste começou com apenas três colaboradores, atualmente, pouco mais de 10 anos depois, são aproximadamente 100 colaboradores.

Em 2020 a instabilidade política e econômica fez com que os investidores recuassem e o que já estava ruim com comprometimento de seu fluxo de caixa, piorou a ponto de não conseguir mais honrar seus compromissos. Diante do enxugamento do crédito pela propagação do COVID-19, as bolsas mundiais começaram a despencar, retraindo o crédito.

O dólar cotado a mais de R$ 5,20 tornou a captação de recursos do exterior inviável, e os contratos firmados em 2019 não representavam mais a realidade advinda e vivida no ano de 2020. Com este cenário e com os danos já sofridos, a Indianagri amargou prejuízos ainda maiores que nos anos anteriores, não restando alternativa a não ser o pedido de recuperação judicial.
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