Amados por uns e considerados exóticos por outros, há até quem diga que eles não existem de verdade, já que ainda é incomum vê-los no Brasil. Mas os gatos sem pelo existem e é sobre eles que vamos falar neste texto.
Por ser tão diferente, esse animal ainda gera muita curiosidade e a verdade é que várias
características do gato sem pelo merecem mesmo atenção, principalmente porque essa é uma espécie que precisa de cuidados especiais.
Eles, na verdade, têm pelos
Apesar de serem famosos justamente pela característica, esses gatos possuem pelos. Acontece que, diferentemente dos animais tradicionais, seus pelos formam uma camada muito fina, quase imperceptível a olho nu.
A raça mais famosa é a Sphynx
A Sphynx é, definitivamente, a raça de gatos sem pelos mais famosa. Ao contrário do que muita gente pensa, ela não é fruto de manipulações genéticas, mas sim de um gene recessivo.
A raça foi a primeira do tipo a ser reconhecida e apareceu pela primeira vez na década de 1960 no Canadá, quando o gene se manifestou em dois filhotes de uma gata canadense.
Quando esses gatinhos cresceram, foram cruzados e deram origem a mais gatos sem pelo. Em 2010, pelo menos 100 gatos sem pelo já haviam sido registrados em todo o mundo.
Conhecida também como Canadian Naked (Canadenses Pelados) ou Moon’s Cat (Gatos da Lua), a raça ganhou o nome oficial Sphynx, por conta da semelhança que os gatos têm com uma esfinge do Egito.
Há quem diga que essa é a raça de gatos mais carinhosa do mundo, pois esses animais costumam ser muito amáveis, brincalhões e inteligentes — se assemelhando muito a algumas raças de cachorro. Alguns são carentes e seguem seus donos o tempo todo.
Mas ela não é a única
Ao contrário do que muita gente pensa, a Sphynx não é mais a única raça de gatos sem pelos. Nos últimos anos, pelo menos outras duas raças com a mesma característica foram registradas.
A primeira é a dos gatos Elfos — que se parecem mesmo com o nome —, resultado do cruzamento entre a raça Sphynx e a raça American Curl, animais que podem pesar até 10 kg e costumam ser muito amáveis.
A outra raça surgiu na Rússia em 1994: são os Peterbald, de tamanho mediano e famosos por seus traços mais harmônicos e também por se darem bem com outros animais.
Gatinhos mais dependentes dos donos
Os pelos por toda a casa podem ser incômodos, mas eles desempenham a importante função de proteger os bichanos. Por isso, os gatos que têm menos pelo tendem a ser mais sensíveis às variações climáticas e sentem mais frio e calor.
É recomendado que eles sigam uma dieta mais rica em proteínas e calorias, que ajudam a manter a temperatura corporal. Existem, claro, rações especiais para os gatos dessas raças.
Eles também não podem ser expostos diretamente ao sol, e é preciso passar protetor solar se eles saírem ao ar livre, pois eles podem sofrer graves queimaduras.
Além disso, a pele tende a ter uma oleosidade que pede banhos mais frequentes que as raças comuns, pelo menos duas vezes por semana — recomenda-se usar shampoo especial para essa raça. Há quem os limpe diariamente com lenços umedecidos.
Outro cuidado necessário é forrar a caminha com mantas macias. Elas evitam que eles raspem a pele na cama, o que pode causar alergias e feridas.
Gatos pelados não são a solução para a alergia
Já vimos que essas espécies não são completamente sem pelos, mas é fato que, por terem menos pelo, eles não soltam tantos pelos pela casa e dificilmente têm pulgas. Mas, essa não é a solução para quem tem alergia a gatos.
Isso porque, apesar de muita gente culpar os pelos, a saliva, a urina e outras secreções — que acabam ficando presas nos pelos — são as reais causas mais comuns do problema de saúde.
Na verdade, em alguns casos, esse tipo de gato pode ser pior para quem é alérgico, pois, sem os pêlos, as secreções da pele podem se espalhar mais facilmente pela casa.
