Olhar Direto O suplente de vereador João José dos Santos Filho, conhecido Joãozinho Cego (PMDB), protocolou na Câmara Municipal de Barra do Garças, no leste de MT, ofício em que solicita explicações se pode ser empossado na vaga do vereador Reinaldo Silva Correia, conhecido Chocolate (PMDB), em função de uma recente condenação do titular na Justiça Eleitoral.
Joãozinho argumenta que Chocolate estaria impossibilitado de continuar no cargo porque foi condenado, por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por crime eleitoral cometido em 2006 quando o peemedebista era coordenador da campanha do candidato a deputado federal, empresário Eduardo Moura, e teria trocado vale-combustível em troca de voto supostamente a favor de Moura.
A ação correu na Justiça e Chocolate, que havia sido absolvido na primeira instancia, perdeu por unanimidade no TRE em Cuiabá e agora no TSE no recurso interposto pelo Ministério Público Eleitoral. “Me informaram que o Chocolate estaria impossibilitado de permanecer no mandato porque entraria na lei do ficha suja. Eu decidi recorrer a Câmara e ao Judiciário para esclarecer essa situação”, acrescentou Joãozinho que também encaminhou ofício ao juíz eleitoral de Barra do Garças e ao TRE na capital do estado.
No legislativo, o oficio do suplente foi lido segunda-feira (2) e encaminhado pelo presidente, Miguelão Moreira (PSD), para ser avaliado pelo procurador da Câmara Municipal, Heros Pena. “O advogado da Câmara vai analisar a documentação que o suplente apresentou e emitir um parecer a mesa diretora. Não vamos tomar nenhuma medida precipitada”, completou o presidente.
Chocolate, por sua vez, reafirma que está tranquilo e que os seus advogados afirmam que ele não perderá o mandato. O peemedebista alega que não cometeu o crime eleitoral em questão em 2006 e que essa condenação não influencia o seu mandato que conquistou na eleição passada.
