Prefeito diz que ação de vereador fechou dois postos de saúde em Aragarças

Na manhã de quinta-feira (17/10), a população de Aragarças, no extremo oeste de Goiás, ficou surpresa e revoltada com a notícia sobre o fechamento de dois postos de saúde (303 e 306) no município. As unidades amanhecerem interditadas sem atendimento ao público devido uma ação da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUVISA) da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás. A alegação é de que a medida se deve a uma notificação do Ministério Público após receber denúncia de um vereador do município.

O prefeito de Aragarças, José Elias Fernandes, que amanheceu na porta do hospital Getúlio Vargas, classificou de irresponsável a atitude do parlamentar e ressaltou que está preocupado que queiram na sequencia fecharem o único hospital da cidade. “Esse é um ato de completa arbitrariedade e que lamentamos que ocorra num período após a ditadura. Não houve uma advertência, uma recomendação prévia para que as irregularidades alegadas fossem corrigidas. São medidas simples que podem adotadas. É importante o pleno funcionamento desses postos”.



O prefeito lembra que o fechamento dos postos acontece em plena execução da campanha de prevenção ao sarampo e que a ação vai trazer sérios prejuízos à população. “Cada um dos postos atende em média 2.500 pessoas por mês. Tememos que outros postos e o hospital regional também sejam interditados, o que seria uma verdadeira catástrofe”.
Indignadas com o fato de não serem atendidas e de terem que se deslocar para outras unidades de saúde na busca de uma atenção médica, várias pessoas protestaram, demonstrando irritação, hipotecando apoio ao prefeito.

Zé Elias acompanhado da primeira-dama Mara Nei e secretários permaneceram acampados na parte da manhã no hospital Getúlio Vargas com intuito de evitar que a Vigilância também feche o hospital.

Diante da polêmica, a Associação Goiana de Municípios (AGM) divulgou uma nota oficial em apoio à Prefeitura de Aragarças. Também defende “o uso do bom senso por parte das autoridades e dos órgãos fiscalizadores na aplicação da lei, colocando sempre em primeiro lugar os interesses da população. O diálogo deve prevalecer sempre”.

A AGM ressalta que todas as prefeituras do país passam por dificuldades financeiras, o que exige uma maior compreensão por parte de todos. Fechar um posto de saúde ou hospital causa um problema sem precedente onde que mais sai prejudicado é o povo. Zé Elias reiterou que não aceitará pacificamente o fechamento dos postos de saúde e que vai lutar para garantir o acesso à saúde do povo de Aragarças.