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03/08/2013 às 10h39min - Atualizada em 03/08/2013 às 10h39min

Diretor é afastado para apurar denúncias de torturas e tráfico de influência em cadeia

Olhar Direto
Olhar Direto

O agente prisional Ronilson Carvalho Caíres foi afastado do cargo de diretor da cadeia de Aragarças-GO, divisa com Mato Grosso, para apuração de denúncias de torturas a presos e tráfico de influência dentro da unidade prisional. Um inquérito policial foi instaurado em setembro de 2012 pela delegada Azuen Albarello, que foi procurada por um detenta encaminhada pelo juiz da comarca para verificar se realmente estava tendo torturas dentro da cadeia aragarcense.

“Nós recebemos informações que os presos estavam sendo torturados até mesmo com uso de máquinas de choque”, explicou Azuen. Duas detentas foram ouvidas e elas confirmaram as supostas agressões porque elas teriam participado de uma rebelião. A ‘L.C’ de 20 anos conta que recebeu choques e a outra, que estava inclusive gestante, diz que foi agredida.

Outro fato que está sendo apurado neste inquérito diz respeito a um possível tráfico de influência de Ronilson junto a promotora Vânia Marçal com objetivo de soltar alguns detentos e o trabalho de advocacia administrativa dentro da cadeia. “Eu decidi encaminhar esse inquérito para Goiânia porque quando comecei apurar essas denúncias, eu fui ameaçada inclusive por alguns agentes prisionais e como citado o nome da promotora eu preferi repassar o caso para um delegado de Goiânia” explica Azuen.

O inquérito apura também a aplicação dos recursos dos Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCOs) cujo valor de seis mil teria sido repassado para cadeia e a polícia apura como foi a aplicação deste valor. “Essa verba é utilizada para pequenas reformas. Aqui na delegacia faz tempo que não vem um recurso desse, mas a cadeia recebeu em torno de seis mil e temos que verificar a prestação de contas deste valor”, frisou.

Azuen disse que um dos motivos das críticas da promotora ao serviço dela foi por causa dessa investigação e como não havia concluído a primeira parte do inquérito por isso não havia se manifestado sobre o assunto. 

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