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03/05/2019 às 06h43min - Atualizada em 03/05/2019 às 06h43min

Municípios do Araguaia estão na lista de alto risco de surto de dengue, zika e chikungunya em MT

Santa Cruz do Xingu, Alto Boa Vista, Água Boa, Alto Araguaia estão na lista de alerta máximo do estado

ARAGUAIA NOTÍCIA
Diário de Cuiabá


Primeiro levantamento rápido de índices de infestação predial (IIP) pelo Aedes aegypti de 2019 indica que dos 141 municípios mato-grossenses, 27 (19,1%) apresentam alto índice de infestação, com risco de surto para as doenças dengue, zika e chikungunya. Entre eles, estão Cuiabá e Várzea Grande, onde os IPPs foram 5,9% e 4,5% respectivamente. No país, o levantamento aponta 994 municípios (20% do total realizado) com alto índice de proliferação do mosquito. 

Os dados foram divulgados, ontem, pelo Ministério da Saúde (MS), que alerta para que o sistema de vigilância de estados e municípios e toda a população reforcem os cuidados para combater o mosquito. Ao todo, 5.214 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas doenças, sendo 4.958 (95,1%) por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 256 por armadilha. A metodologia da armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente no local. 

Ainda no Estado, outras cidades com alto índice estão Itanhagá (10,6%), Cláudia (10,3%),Santa Cruz do Xingu (8,1%), Rondolândia (8,3%), Nobres (5,3%) e Nossa Senhora do Livramento (5,0%). Já outros 48 municípios, estão satisfatórios (verde), a exemplo de Alto Boa Vista (0%), Acorizal e Alto Garças, ambos com 0,7%. Os demais em alerta, como Água Boa(2,3%), Alto Araguaia (3%) e Alta Floresta (3,6%). 

“O resultado do LIRAa confirma o aumento da incidência de casos de dengue em todo o país que subiu 339,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Esses resultados indicam que é preciso fortalecer ainda mais as ações de combate ao mosquito transmissor, com a participação da população e de todos os gestores locais e federal”, afirmou, por meio da assessoria de imprensa, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber.

No entanto, segundo ele, “mesmo com aumento no número de casos da doença, a taxa de incidência de 2019 está dentro do esperado para o período. “Sendo assim, até o momento, o país não está em situação de epidemia, embora possa haver epidemias localizadas em alguns municípios e estados”, disse. Além das cidades em situação de risco, o levantamento identificou 2.160 municípios em alerta, com o índice de infestação predial (IIP) entre 1% a 3,9% e 1.804 municípios com índices satisfatórios, inferiores a 1%. 

O LIRAa é um instrumento fundamental para o controle do vetor e das doenças (dengue, zika e chikungunya). Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito. 

Para fazer o LIRAa o município é dividido em grupos de nove a 12 mil imóveis com características semelhantes. Em cada grupo, também chamado estrato, são pesquisados 450 imóveis. Os estratos com índices de infestação predial inferiores a 1% estão em condições satisfatórias; de 1% a 3,9% estão em situação de alerta; e superior a 4% há risco de surto de dengue. Os dados, enviados pelos municípios, são repassados pelo Estado ao Ministério da Saúde. 

CASOS – Ainda, conforme dados do Ministério da Saúde, até a 15ª semana epidemiológica deste ano já foram registrados 3.460 casos de dengue, em Mato Grosso. O número representa uma queda de 22,3 em relação a 2018, com 4.452 ocorrências. Já a incidência estadual para a doença é de 100,5 casos por 100 mil habitantes, a menor entre os estados do centro-oeste. No período, foram 16 confirmações da dengue, sendo dois pacientes considerados graves. Não houve óbitos. 

Já em relação a chikungunya, houve uma redução de 98,3 nos casos (193), até a 15ª semana deste ano. Em 2018, foram 11.524 registros, no mesmo período. Também houve queda (-83,3) nas notificações da zika. No ano passado, o Estado registrou 389 casos do agravo. Já agora em 2019, foram 65. 
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