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08/04/2019 às 22h39min - Atualizada em 08/04/2019 às 22h39min

Transgênero e feminismo foram debatidos no Araguaia Interativo na UFMT de Barra do Garças

Marcos Antônio / Agência Focaia UFMT - BG
ARAGUAIA NOTÍCIA
O evento Araguaia Interativo realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso trouxe na programação ampla discussão sobre preconceito, sexualidade identidade de gênero. No encerramento, o público acadêmico se reuniu para acompanhar roda de conversa realizado durante a tarde de sábado (16).

Integrantes do grupo coletivo cores apresentaram algumas de suas temáticas no meio acadêmico, além da vivência na própria sociedade, a qual não dá abertura para essa comunidade nos mercados de trabalho e no meio universitário.

Como afirma a discente do curso de direito, Karenn Ferreira “os universitários LGBTIQ+, não conseguem criar trabalhos referentes a esse meio de vivência no meio acadêmico”, em forma de pesquisa sobre sua realidade vivida na sociedade.

Ela reafirma que “esse pequeno grupo de universitários ativos de gays, lésbicas, transexuais e dentro outras variantes do mundo LGBTIQ+, não consegue produzir trabalhos acadêmicos em torno desse tipo de temática.

Além disso, Karenn completa, usando um dado produzido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), segundo o qual universitárias lésbicas, não têm trabalhos de produção acadêmica registrados na área de atuação. Para mais informações.

Como avalia é necessária a conscientização da sociedade para lidar com a diversidade de identidade de gênero e sexualidade, tornando as pessoas no espaço públicos menos preconceituosas. Assim, quebrando os estereótipos, inclusive dentro das universidades.

A estudante de direito diz que são necessárias medidas jurídicas que permitam a troca de nome social para qualquer pessoa transgênica, sem precisar ter toda um aparato judicial.

Durante a conversa, dois únicos universitários da UMFT/CUA, João Augusto e Nicolas Augusto que são transgêneros relataram as várias dificuldades sofridas dentro do meio acadêmico, por falta de políticas que possibilitem a sua participação.

O estudante de jornalismo, João Augusto, defende a criação de banheiros sem gênero, “pois esse é um dos aspectos entre muitos, que preocupam essas pessoas, além do medo de serem violentados ou desrespeitados, pelo simples fato de usar o banheiro público, os quais ainda são classificados com ‘masculino ou feminino’”.

Como afirma, “a identidade de gênero, não tem a ver com a relação de orientação sexual. A identidade de gênero é o que eu sou enquanto indivíduo, já a orientação sexual é por quem eu me atraio”.

Referente ao acolhimento feito pela a universidade, João diz ainda que “é inexistente! Não existe um preparo da instituição para receber pessoas trans, não se têm um preparo dos profissionais e não existe informação na universidade sobre esse tema, então o acolhimento é zero”, avalia.

O estudante, no entanto, observa que há mudanças quanto a reivindicação de espaços e discussões na universidade.

Como constata, entre os novos discentes do Campus Araguaia há dois universitários transgênero. Como observa, com mais participações haverá diálogos para aceitação da diferença de gêneros, os quais são deixados de lado, por ser uma minoria.

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