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14/02/2019 às 07h32min - Atualizada em 14/02/2019 às 07h32min

Procurador pede demissão da prefeitura de Aragarças

O cargo foi entregue ao prefeito José Elias Fernandes e exoneração será publicada nesta semana

Claudio Vieira / Ascom Aragarças
Araguaia Notícia


O advogado, Luiz Paulo Gonsalves de Resende, não é mais o procurador geral da Prefeitura de Aragarças. Ele entregou o cargo ao prefeito José Elias, requerendo exoneração, que será ainda publicada. O bacharel ocupava o cargo desde o início de 2017, mantendo excelente relacionamento com o prefeito e servidores municipais. Advogado renomado, profundo conhecedor do direito público, já exerceu o cargo de subsecretário de Estado da Educação de Mato Grosso, entre outras funções relevantes.

O pedido de exoneração, segundo Luiz Paulo, é por discordar frontalmente dos atos praticados pelo Major Sandro Botelho, comandante da 4ª CIPM, no episódio que levou à morte o jovem "Jefim" e, por consequência, segundo Luiz Paulo, a queima da frota de ônibus escolares do município de Aragarças, no último final de semana.

O advogado preferiu deixar o cargo, mesmo sendo amigo do prefeito José Elias e da primeira-dama, Mara Ney, há décadas, mas diz que não pode deixar de lutar para responsabilizar Major Sandro pelo episódio que resultou na queima dos ônibus de Aragarças. Ressalta que não quer que isso "respingue" nas relações do governo municipal com o governo estadual.

Dr. Luiz Paulo diz que não admite que policiais fiquem proclamando matança de militantes, ainda mais quando já sob custódia do Estado, mesmo sendo pessoa que pratique atos criminosos. Afirma que a Constituição não admite pena de morte.

Para o ex-procurador a entrevista dada pelo Major Sandro para a rádio Serra Negra, de Bom Jardim de Goiás, foi desrespeito para a família do finado e um insulto para o grupo criminoso a que pertencia o falecido, gerando o clima de revolta que resultou no incêndio criminoso de sete ônibus escolares, uma ambulância e o rabecão do IML, no pátio da Secretaria de Obras de Aragarças, na madrugada do dia 10 de fevereiro.

O ex-procurador considera lamentável a atitude do comandante local da PM. Afirma que as "bravatas" do major a intenção dele ser candidato a prefeito de Aragarças.

Disse que o pretenso candidato não teve escrúpulo em usar do cargo de comandante local da PM para promover a própria pessoa como paladino da lei e da ordem. Afirma que cabe à polícia prender ou apreender o criminoso e levar ao juiz, jamais executar fria e barbaramente um ser humano, ainda que fora da lei, inventando absurdas e lamentáveis estórias de confrontos.

Além disso, o advogado considera que o major está insultando os criminosos da cidade sem, no entanto, oferecer a correspondente segurança necessária para evitar a sua reação e a resposta dos criminosos foi aquela (incêndio) não contra a polícia militar mais contra o patrimônio público municipal que não tinha nada haver com o cenário do crime praticado.

Diante de áudios que circulam pela cidade de Aragarças nas redes sociais, o bandido que apareceu morto, depois de preso pela PM teria enviado mensagens para a mãe, namorada e irmão contando que estava detido. Mesmo assim depois das divulgações dos áudios, foi anunciada a morte de “Jefim” como tendo reagido à prisão e morto em virtude dessa reação. Em vista de áudios que circulam e que é de conhecimento público na cidade de Aragarças e região, o delegado Ricardo Galvão, instaurou inquérito para apurar a veracidade dos fatos, se o rapaz faleceu antes ou depois da prisão.

O major Sandro informou que em breve vai se pronunciar sobre o assunto e que está na Justiça entrando com uma ação contra o ex-procurador da prefeitura. Luiz Paulo disse também que vai representar contra o major. 
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