Leilão em favor de adolescente, que contraiu bactéria rara, bate recorde com mais de 12 mil arrecadados

Um dos maiores leilões que já foram realizados na região de Barra do Garças aconteceu na noite de sexta-feira (18/1) na cidade de Pontal do Araguaia em favor da adolescente Maria Eduarda, de 14 anos, que está internada em Cuiabá após contrair uma bactéria rara no compartilhamento de bomba de tereré, bebida refrescante usada por jovens.

O evento foi realizado na feira coberta com shows e um recorde de prendas. Um dos colaboradores da organização foi o secretário Emildo Ferreira. Foram 250 prendas entre comestíveis, roupas e artesanatos doados para ajudar na arrecadação em favor do tratamento de Maria Eduarda.

O leilão arrecadou mais de 12 mil reais e cerca de 50 prendas não comestíveis não foram leiloadas porque não deu tempo e devem ser comercializadas num bazar ou um novo leilão em favor da adolescente. A tia de Maria Eduarda, Roseni, ficou responsável pela organização e caixa do leilão. Uma grande demonstração de solidariedade. Os políticos de Pontal também compareceram em massa e ajudaram.

O prefeito Gerson Rosa doou e arrematou prendas; os vereadores Leandro, Fabiana, Claudio Freitas e Mara participaram do leilão. Que ainda teve a colaboração dos empresários rurais Antônio Muniz e Adelcino Lopo; dos professores Jorge e Elisandra.

A parte musical teve animação dos artistas locais Vinni Jack, Thais e Dimael, Rodrigo Souza, Imperador do Forró, Xonadão e animação MV Sonorização. 

Acompanhe mais detalhes sobre o estado de saúde de Maria Eduarda na reportagem do site RDNews de sexta-feira.
 
RDNews Thaisa Pimpão
 
A adolescente de Pontal do Araguaia (a 525 km de Cuiabá), Maria Eduarda Almeida Ferreira, 14 anos, deu entrada da UTI Infantil do Pronto-Socorro de Cuiabá, na quarta (16), após contrair uma bactéria na boca que vem afetando rins e fígado. Embora as causas ainda sejam investigadas pela equipe médica, a suspeita é a de que ela possa ter ficado doente após compartilhar “tereré” com os amigos no início de dezembro passado.

Maria Eduarda vive com a família em na região do Araguaia e passou por diversos médicos, tomando diferentes remédios, desde o ano passado, sem sucesso. Foi quando um dos profissionais alertou para a piora no quadro clínico dela e a transferiu para Cuiabá.

A tia da estudante, Glaubia Silva Veloso, 40, informa que começaram a aparecer feridas na boca de Maria Eduarda e foi quando decidiram procurar ajuda médica. “Ela não engolia nem água. Achamos estranho porque ela sempre foi saudável”, afirma.

As complicações em razão da suposta bactéria fizeram com que os rins da estudante parassem de funcionar. Além disso, o fígado dela encontra-se “inchado”, segundo Glaubia. Agora, após internação na UTI, os rins voltaram a funcionar, mas Maria segue sedada e fazendo uso de sonda. Ela passa por uma bateria de exames a fim de detectar o que, de fato, estaria causando tais sintomas.