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12/10/2018 às 12h28min - Atualizada em 12/10/2018 às 12h28min

Indígenas invadem sede da Funai, entram em confronto e índio morre em MT, diz PM

Morte ocorreu após tiroteio entre índios, madeireiros e funcionários da Funai. Motivo do conflito seria a reivindicação de uma área na região.

G1 MT
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Uma invasão de indígenas na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, resultou na morte de um índio. Segundo o comando da Polícia Militar em Colniza, funcionários da Funai revidaram a agressão e um dos indígenas morreu no local.

A unidade atende os índios isolados da terra indígena Kawahiva do Rio Pardo. O G1 entrou em contato com a Funai em Brasília e com representantes da Funai na região, no entanto, não teve resposta sobre o episódio.

A situação ocorreu na quarta-feira (10) e foi divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF) nessa quinta-feira (11). A Polícia Federal de Mato Grosso faz perícia no local nesta sexta-feira (12).

De acordo com a PM, índios invadiram a base da Funai atirando e quebraram cadeados da unidade. O motivo do conflito seria a reivindicação de uma área na região. A sede da Funai está localizada próximo a terra indígena Kawahiva.

Em nota, o MPF declarou que abriu investigação para apurar o suposto conflito envolvendo indígenas.

Segundo as informações que chegaram até o MPF/MT, um grupo de homens, entre eles indígenas e madeireiros teriam ido até a base da Funai.

Em seguida, teria ocorrido um tiroteio, resultando na morte de uma pessoa.

Isolados

Referências sobre os Kawahiva no noroeste de Mato Grosso existem desde 1750. Desde então, diz-se que tiveram contato com eles desbravadores como Marechal Cândido Rondon e o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss.

A área foi delimitada em portaria da Funai publicada pelo Diário Oficial da União (DOU) somente em 2007, medida que automaticamente restringiu o direito de locomoção de não-índios pelo local.

Violência em terras indígenas

Em 2017, Mato Grosso registrou oito casos de violência contra o patrimônio em terras indígenas. Os dados são de um levantamento realizado e divulgado pelo Conselho Indigenista e Missionário (Cimi).

Em Mato Grosso, os casos foram denunciados nas terras indígenas Capoto, Sangradouro, Nambikwara, Panará do Arauató, Apiaká-Kayabi, Parque indígena do Xingu, Kawahiva do Rio Pardo e Kanela, sendo um em cada uma delas.

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