O serviço de agentes de trânsito, denominado azulzinhos, em Barra do Garças (503 Km de Cuiabá) foi suspenso em definitivo pela Câmara de Vereadores mesmo com o veto do prefeito Wanderlei Farias a emenda supressiva que já suspendia a recontratação dos dez agentes de trânsito votada na semana retrasada.
A polêmica se arrastou por mais uma semana depois da manifestação do presidente da Câmara de Dirigentes Lojista (CDL), José Alves Piedade, foi contrário à suspensão do serviço afirmando que a guarda tornou-se necessária para organizar o trânsito.
Todavia devido ao número excessivo de multas, os vereadores decidiram não correr mais risco e suspenderam o serviço mesmo com o veto do prefeito contrário e favor da manutenção da guarda municipal. Outro argumento utilizado pelos vereadores diz respeito à necessidade de concurso público para guarda de trânsito conforme notificação do Ministério Público Estadual (MPE).
O projeto extinguindo o serviço de azulzinho foi aprovado por 6 votos a 2. Pela primeira vez, vereadores de situação votaram contra um projeto de origem do prefeito republicano. O vereador Sávio Carvalho (PDT) explica que a guarda de trânsito foi mal orientada e se preocupou em mais multar do que conscientizar o trânsito. “Falta mais orientação para que esse serviço realmente funcionasse”, completou.
Com a suspensão da guarda municipal, a tendência é que a Polícia Militar (PM) assuma o serviço de organizar e fiscalizar as infrações de estacionamento, velocidade, uso de cinto de segurança e falar ao telefone dirigindo.
Segundo o coronel Valdemir Barbosa, basta um comunicado do prefeito ao Detran de que a guarda foi extinta e a PM passará atuar no trânsito. “A PM já atua na maioria dos 141 municípios e estamos prontos para auxiliar aqui na Barra também”, completou.