O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Blairo Maggi, falou, no âmbito do Congresso Mundial de Ciência do Solo, sobre o problema a respeito da crise do glifosato no Brasil, que poderá trazer problemas para o campo caso não seja resolvido.
Segundo ele, esse é um dos assuntos que mais preocupam a produção brasileira e a agricultura neste momento. 95% das áreas de soja no Brasil utilizam glifosato para preparar o solo e fazer plantio direto. Se não houver glifosato, ou não haverá plantio ou os produtores irão fazer uma desobediência civil no campo.
Maggi lembra que a agricultura brasileira não possui ferramentas para voltar ao modelo antigo ou um produto químico para substituir o glifosato com a mesma eficiência. O Ministério, junto com a Advocacia-Geral da União, tem se empenhado para derrubar a liminar, já que ele acredita que "não há saída sem o glifosato".
"O glifosato é que dá toda a viabilidade de fazer plantio direto e seguir com as culturas", disse o ministro. "Sem ele, não tem outro instrumento. Nem há mais grade e arado nas fazendas. Seria, também, um desastre ecológico muito grande".
Neste momento, perdura a liminar estabelecida. Contudo, Maggi lembra que, caso a Anvisa determine que o produto deve ser banido, a agricultura deverá ter um tempo para se adequar. No entanto, o ministro está disposto a levar a questão até o Supremo Tribunal Federal (STF), se for o caso.
China x Estados Unidos
Ele também comentou a questão em torno da guerra comercial entre China e Estados Unidos. Maggi aponta que o Brasil ganha neste momento porque os prêmios são maiores, mas com a ausência dos norte-americanos, não há atividade econômica na bolsa e os preços enfrentam grandes quedas.
Com isso, poderá haver encarecimento da ração e perda de competitividade no esmagamento, de forma que ele espera que a questão seja resolvida rapidamente.
Ver vídeo da entrevista...
Entre no grupo do Araguaia Notícia no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI)