20/06/2018 às 23h36min - Atualizada em 20/06/2018 às 23h36min
Aos 15 dias de vida, bebê indígena reage e está com saúde estável
Recém-nascida esta internada com problemas renais; estado ainda é considerado grave
Cíntia Borges - Mídia News / Água Boa News
Araguaia Notícia
O bebê indígena que foi resgatado após ser enterrado vivo responde bem ao tratamento das funções renais após a intervenção cirúrgica realizada há 11 dias.
A menina, que é da etnia Kamayurá, nasceu no dia 5 de junho e, logo após, foi enterrada viva pela bisavó, em Canarana (838 km de Cuiabá). Em estado grave, ela foi transferida para Cuiabá na quarta-feira (6) e foi internada na Santa Casa de Misericórdia.
Conforme o boletim médico emitido na manhã desta quarta-feira (20), a criança ainda encontra-se com a saúde bem debilitada, porém está estável.
“Houve melhora considerável da insuficiência renal aguda já com programação para a retirada do cateter da diálise peritoneal”, consta em boletim.
A unidade hospitalar informou ainda que a criança está reagindo bem ao tratamento e está em processo de retirada da sedação e do respirador mecânico.
No dia 7 de junho, o bebê passou por uma intervenção cirúrgica devido a hemorragia digestiva e ao mau funcionamento das funções renais.
A criança ficou cerca de 7 horas enterrada viva. Devido ao trauma, apresentou infecção generalizada, distúrbio de coagulação e também uma hemorragia digestiva.
O caso Segundo a investigação, a mãe da criança, de 15 anos, deu à luz no dia 5 de junho. O bebê foi enterrado no terreno da residência da família.
No local, a bisavó da garota confirmou o ato, dizendo que a criança teria nascido morta por ser prematura. Ela alegou que não comunicou a ninguém por ser este um costume da etnia.
Uma enfermeira da Casai (Casa de Saúde do Índio), ao assumir o expediente, soube do caso e avisou a polícia e o chefe da unidade.
Em decorrência do tempo, o local foi isolado pela equipe policial para o trabalho da perícia técnica. Mas, ao escavarem, os policiais ouviram o choro do bebê.
No decorrer das investigações da Polícia Civil, foram colhidos depoimentos que apontaram que a família não aceitava a gravidez pelo fato de a adolescente ser mãe solteira.
A bisavó da criança está presa, e responde a um processo por ter articulado todo o processo para tentar matar a criança.
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