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14/06/2018 às 13h07min - Atualizada em 14/06/2018 às 13h07min

Confresa é o segundo município que mais teve crianças como vítimas de trabalho infantil em MT

G1/MT

Entre janeiro e julho do ano passado, quase 1,2 mil crianças foram vítimas de trabalho infantil em Mato Grosso, segundo o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MT). As informações constam em uma página especial criada pelo órgão para compartilhar as informações e histórias relacionados ao tema.

Ao todo, 1.189 mil casos foram registrados no período analisado.

O maior número de ocorrências foi registrado em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá. Juntos os dois municípios somam 805 casos. Em seguida, Confresa, a registrou 59 ocorrências.

Entre os inúmeros casos registros no estado está o da dona de casa Eliane Silva, hoje com 55 anos. Ela só tinha 10 anos quando se mudou para a capital em busca de um emprego melhor.

Antes, Eliane vivia em uma fazenda em Rosário Oeste, a 133 km de Cuiabá, onde trabalhava sob ameaças.
Já na capital, ela passou a trabalhar em casas de famílias em troca de moradia, comida e roupas sem receber salário.

Ao longo da vida, ela desenvolveu depressão. A doença afetou a família. A filha mais nova dela, Rayane, ainda com 13 anos, teve que assumir o sustento da família e começou a trabalhar como doméstica e babá.

 “Antes trabalhando do que roubando”.

Para os especialistas, alguns mitos do imaginário popular são disseminados como se fossem verdades absolutas.

Entre eles, alegações como: “antes estar trabalhando do que roubando”, “trabalhei quando criança e não morri”, “melhor trabalhando do que estar na rua”.

De acordo com a coordenadora dos conselhos tutelares de Cuiabá, Vânia Araújo, as crianças iniciam o trabalho precoce incentivadas pela própria família que, por falta de informação ou condições financeiras, “não se dá conta do mal que está causando aos próprios filhos”.

De 2012 a 2017, mais de 15 mil ocorrências de acidente de trabalho envolvendo crianças foram registradas no Brasil.

Os tipos mais comuns são:

impacto causado por objeto lançado;

queda no mesmo nível;

contato com faca, espada ou punhal;

contato com ferramentas manuais sem motor;

queda em ou de escadas ou degraus.

Segundo o TRT-MT, as estatísticas mostram que as chances de as vítimas carregarem sequelas físicas pelo resto da visa são grandes. Dados do Ministério da Saúde apontam que as crianças se acidentam seis vezes mais do que os adultos quando estão em atividades laborais.

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