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11/06/2018 às 11h12min - Atualizada em 11/06/2018 às 11h12min

Com insuficiência renal, bebê continua em estado grave, mas estável

Valquiria Castil, Gazeta
Araguaia Notícia
O quadro de saúde da bebê indígena que sobreviveu após ficar 7 horas enterrada numa cova rasa ainda é grave, porém estável. Segundo o boletim médico emitido pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, neste domingo (10), a recém-nascida está sedada e respirando com ajuda de aparelhos.

Com insuficiência renal, a menina ainda tem indicação para a realização de diálise com uso drogas vasoativas. Na última sexta-feira (8) ela passou por uma pequena cirurgia de emergência para inserir catéter abdominal.

As informações médicas dão conta de que a garota segue em tratamento da sepse, de distúrbio de coagulação e convulsão. Ela veio transferida, no último dia 6 de junho, do Hospital Regional de Água Boa com estado grave de infecção generalizada e insuficiência respiratória.

O estado de saúde dela é acompanhado desde o dia em que foi salva por policiais militares de Canarana, onde foi enterrada viva pela bisavó. Um vídeo mostra o momento do resgate, realizado na noite do dia 5 de abril e mostra a criança sendo retirada de um buraco escavado pela PM.O tempo em que ela ficou sob a terra é estimado em 7 horas, já que teria sido enterrada por volta das 14h e resgatada por volta das 21h.

Denúncia feita a polícia informou que uma indígena de 15 anos tinha dado a luz a um bebê e logo em seguida, havia sido enterrado no terreno ao lado da residência onde mora a família, com o consentimento da mãe.

Investigações da Polícia Civil apontam que a avó e bisavó da recém-nascida indígena teriam premeditado o infanticídio. Em depoimento, ambas confirmaram que haviam tentado que a adolescente abortasse a criança. Sem sucesso, vó e bisavó chegaram a coagir os familiares para não contarem a verdade. Elas foram presas. 

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