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18/04/2018 às 23h43min - Atualizada em 18/04/2018 às 23h43min

Prefeito de Barra do Garças reclama que bancada federal excluiu hospitais do Araguaia de emendas impositivas do Orçamento

Uma reunião preliminar da bancada, como revela documento, aponta que a maioria priorizou mais cidades do nortão e esqueceu dos hospitais do Vale do Araguaia.

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O prefeito de Barra do Garças, Roberto Farias (MDB), fez um alerta a comunidade do Araguaia de que os hospitais públicos da região foram excluídos do pacote de emendas impositivas da bancada federal junto ao Orçamento que prevê uma reforço monetário para vários município e a maioria das cidades contempladas ficam na região norte do estado.

 “Nós temos três hospitais que atendem de forma regional sendo que Barra do Garças atende com alta e média complexidade pacientes do Araguaia e grande parte do Estado porque a regulação é feita por Cuiabá. E vejo com muita tristeza o fato de terem esquecido da nossa região e não podemos aceitar a volta daquele jargão do passado de que o Araguaia é o Vale dos Esquecidos”, frisou Beto.

O prefeito ressaltou a importância da sociedade cobrar uma posição da bancada federal e destacou que os prefeitos, vereadores já estão se mobilizando para essa cobrança. “Inconformados com essa situação nós prefeitos do Araguaia estamos pedindo ao senadores e deputados federais que voltem atrás na decisão e incluam os hospitais do Araguaia nas emendas impositivas”, ressaltou.

Beto lembrou que a região do Araguaia sempre foi um grande celeiro de produção do estado, porém perdeu força no agronegócio para outras regiões, todavia isso não justifica a ação discriminatória que a bancada está fazendo neste momento. “Tem cidades ricas de outras regiões com hospitais bancados pelo estado e nós temos três hospitais públicos que recebem bem menos. Vou dar um exemplo aqui, o hospital de Barra do Garças... 70% dele é custeado pela prefeitura com uma contrapartida pequena do estado e da União”, comentou.

Mesmo com dificuldades, Beto destacou que a cidade de Barra do Garças vem avançando na saúde e está aumentando de 10 para 21 leitos a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto Socorro, abriu a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e vem aperfeiçoando a saúde na região e se tivesse uma atenção mais igualitária do estado e da União poderia fazer até mais em favor da população. “Estou convidando as lideranças do Araguaia para se posicionarem contra essa exclusão do Araguaia das emendas impositivas”, frisou.

A insatisfação do prefeito barra-garcense já foi manifestada junto a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e a partir de agora busca apoio dos demais 30 prefeitos da região. As emendas impositivas são previstas no parlamento para garantir a aplicabilidade de recursos como, por exemplo, na saúde. Beto deixou claro que a cobrança é para todos da bancada federal, indistintamente, e pediu que os deputados estaduais que se intitulam ‘defensores’ do Vale do Araguaia saiam em defesa da região.

Na última reunião da bancada, dia 11/4, assinaram a favor da destinação que exclui o Araguaia: o senador José Medeiros e os deputados federais: Ságuas Moraes, Valtenir Pereira, Professor Victório Galli, Ezequiel Fonseca e Adilton Sachetti. Não assinaram este ofício: os senadores Welington Fagundes e Cidinho Santos; e os deputados federais Carlos Bezerra, Fábio Garcia, Nilson Leitão. 

O prefeito de Barra acredita que a mobilização dos prefeitos e vereadores com apoio popular pode mudar essa situação.

Emendas Impositivas 

A reunião da bancada para tratar sobre as emendas impositivas na saúde aconteceu no dia 11 de abril e ficou definido 56.873.247,00 previstos para atender hospitais em Mato Grosso seriam destinados para as cidades de Sinop: 14 milhões; Sorriso 10 milhões e 500 mil; Juína 4 milhões e 373 mil; Comodoro 1 milhão e 185 mil; Vila Bela da Santíssima Trindade 920 mil; Mirassol D’Oeste 1 milhão e 66 mil; São José dos Quatro Marcos 734 mil; Jauru 349 mil; Araputanga 646 mil; Rio Branco 199 mil; Salto do Céu 133 mil; Curvelandia 200 mil; Figueirópolis D’Oeste 137 mil; Glória D’Oeste 117 mil; Indiavaí 105 mil; Lambari D’Oeste 234 mil; Porto Espiridião 462 mil; Reserva do Cabaçal 105 mil; Conquista 228 mil; Campos de Júlio 385 mil; Vale de São Domingos 180 mil; Nova Lacerda 375 mil; Tangará da Serra 8 milhões e 500 mil; Peixoto de Azevedo 1,5 milhão; Barra do Bugres 3 milhões; Nova Olímpia 1 milhão.

Veja documento logo abaixo: 


 
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