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24/03/2018 às 11h55min - Atualizada em 24/03/2018 às 11h55min

Secretária explica que Goiânia não dispõe vaga de UTI neonatal para gêmeos; governador Marconi Perillo já foi acionado

Uma reportagem da Tv Anhanguera revelou que Goiás tem 43 recém-nascidos na fila esperando vagas de UTI neonatal. O governador Marconi Perillo, que estará domingo em Aragarças visitando a obra do anel viário, já foi acionado para resolver este absurdo de bebês correndo o risco de morte e o estado não disponibilizar de vagas de UTI neonatal. Duas destas crianças que estão na fila são de Aragarças. E o que é pior, os recém-nascidos aragarcenses estavam no Materno Infantil de Goiânia e receberam alta mesmo sem maturidade pulmonar adequada. Mais um fato lamentável para saúde de Goiás.

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Marconi Perillo que estará neste domingo em Aragarças já foi acionado; Goiás não dispõe de vaga de UTI neonatal
A secretária de Ação Social, Mara Nei, informou na manhã de sábado (24/3) que a prefeitura de Aragarças continua empenhada em conseguir duas vagas em Goiânia para atender os gêmeos que nasceram prematuros e estão sendo assistidos pelo Pronto Socorro de Barra do Garças. Ela explicou que os bebês estavam no materno infantil de Goiânia e não se sabe por qual motivo receberam alta, três dias depois de nascido, mesmo sem a maturidade pulmonar adequada.

De acordo com o boletim médico do Pronto Socorro de Barra divulgado na manhã de sábado, os recém-nascidos não correm risco de vida, todavia possuem indicação para que sejam levados a uma UTI neonatal com objetivo de terem o adequado amadurecimento pulmonar. Os médicos barra-garcenses afirmam em nota que jamais os bebês deveriam ter recebido alta de Goiânia, fato que deve ser apurado futuramente.

“Nós estamos ligando a todo instante para os responsáveis da regulação estadual e recebemos a informação que tem 43 crianças precisando de leito neonatal no estado e Goiânia não dispõe de vaga”, disse a secretária Mara Nei.

A secretária de Aragarças disse que o prefeito José Elias já ligou pessoalmente para o secretário de saúde de Goiás e para o governador Marconi Perillo relatando a gravidade do problema e o fato absurdo do estado de Goiás não ter vagas de UTI neonatal conforme reportagem da Tv Anhanguera com 43 crianças correndo risco de morrer. Os pais dos bebes já fizeram apelo na rede social e já pediram apoio também do estado de Mato Grosso.

Barra do Garças, o município mato-grossense, foi acionado pelo fato de possuir UTI adulta porém não é a adequada para recém-nascidos. A direção do Pronto Socorro informou que está sendo feito de tudo para salvar a vida das crianças e um relato foi publicado ontem numa nota enviada pela prefeitura barra-garcense.

Buscando a promoção da vida, a diretoria clínica  solicitou apoio ao pediatra, que acolheu inicialmente apenas 01 RN com saúde agravada e após o outro, estando acomodados em isolado e não na enfermaria com mais pacientes, afastando assim risco de infecção, em berço aquecido para manutenção da temperatura adequada, com prescrição de antibiótico endovenoso, uso de HOOD (capacete) suplementar (serve para auxiliar no tratamento do bebê prematuro, auxiliando na parte respiratória).

De acordo com o boletim médico, os recém-nascidos não correm risco de vida, mas possuem indicação de manutenção de UTI neonatal, para o adequado amadurecimento pulmonar e jamais deveriam ter recebido alta do Hospital Materno Infantil de Goiânia/GO, de forma prematura, como ocorrera. 

Desde o primeiro contato com a cidade de Aragarças, é encaminhado relatório com evolução diária do estado de saúde dos pacientes, para auxiliar na regulação ao município de referência, qual seja, Goiânia/GO, sendo tais relatórios recebidos pela Assistente Social do hospital Municipal Getúlio Vargas de  Aragarças.

Quanto à vaga, regulação e transporte desses pacientes, é importante ressaltar, que  compete ao município, no caso Aragarças, proceder a regulação de seus pacientes, utilizando o sistema disponibilizado pelo Estado (Goiás) que integra e adotar os procedimentos necessários, conforme o caso de cada paciente.

Barra do Garças também enfrenta situações de agravamento de saúde de gestantes e utiliza o sistema de regulação do Estado de Mato Grosso para transferência dos pacientes ao referência de saúde, para atendimento de alta complexidade, mas não pode utilizar o sistema de Goiás, competindo ao município de Aragarças/GO fazê-lo e também, não tem como transferir os pacientes para Cuiabá ou Rondonópolis, pois a referência deles é Goiânia-GO e no aguardo de providências, por quem compete, está dando todo suporte hospitalar necessário a manutenção da VIDA.

Assim, o município de Barra do Garças – MT acolheu os pacientes recém-nascidos com sua estrutura e desde então tem sido garantidores de vida dos mesmos, propiciando acesso ao que não fora ofertado no município de origem, bem como tratamento adequado a manutenção da VIDA, bem maior e inestimável, que tem sido priorizado diariamente em todas as unidade de saúde de Barra do Garças,  por ser uma determinação do gestor municipal. 

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