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06/02/2013 às 15h00min - Atualizada em 06/02/2013 às 15h00min

Ex-procurador-geral é mandado embora suspeito de 'não trabalhar'

Olhar Direto
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O ex-procurador-geral e advogado Daniel Casella foi demitido do quadro funcional da prefeitura de Barra do Garças no início deste mês. Ele aparece numa lista de servidores que não estariam trabalhando, segundo informou o secretário de Administração do município, Isaías Mariano. Outro que figura a lista dos demissionários é o servidor Renato Mazurek, cunhado da ex-primeira dama Laura Beatriz.

O secretário Mariano explica que as demissões se devem a uma orientação normativa do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) sobre servidores faltosos ou que estavam em desvio de função. Logo que assumiu a prefeitura, o prefeito Roberto Farias (PSD) determinou que fosse feito uma operação 'pente-fino' de alguns servidores que não estariam trabalhando e solicitou uma investigação sobre o concurso público para apurar a denúncia de que o ex-prefeito Wanderlei Farias chamou concursados sem necessidade apenas para 'inchar' a folha do município.

Mariano disse que a decisão tomada pela prefeitura é respaldada pela normativa do TCE e por isso está tranquilo com relação as demissões mencionadas. Contra o ex-procurador corre também uma ação de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público com relação ao concurso realizado pelo ex-prefeito.

Outro que está sendo investigado se realmente está trabalhando ou não na prefeitura é o advogado Edmar Júnior, que já foi procurador geral do município. O secretário Mariano disse que Júnior está de licença e a prefeitura aguarda o seu retorno para avaliar a situação dele.

A equipe do Olhar Direto procurou o ex-procurador Casella para falar sobre o assunto. Ele disse que desconhece qualquer portaria ou normativa do TCE pedindo para que fosse demitido do cargo de advogado da prefeitura. Casella informou que já recorreu da decisão. O advogado afirma que se apresentou na prefeitura no dia 1 de janeiro quando começou a nova gestão, porém não teria sido aproveitado.

O advogado foi professor na Faculdade Cathedral onde atuou como coordenador do núcleo de práticas jurídicas da instituição. Recentemente ele passou no concurso da prefeitura para advogado e foi empossado após a eleição pelo ex-prefeito Wanderlei Farias.

A primeira tentativa de Casella para reverter a decisão está em andamento na 3ª Vara Cível. O advogado entrou com recurso contra o ato administrativo e o juiz Franciso Rogério, na segunda-feira (4), abriu prazo de 72 horas para prefeitura se manifestar sobre o processo. Como o magistrado Francisco Rogério foi promovido para outra comarca, a decisão sobre esse recurso ficará a cargo do próximo juiz da 3ª Vara Cível. 

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